Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Em recuperação: Oi tenta manter caixa

Imagem: Oi/Divulgação

Com limitada participação de analistas, as teleconferências de divulgação de resultados da Oi (OIBR3;OIBR4), atualmente em processo de recuperação judicial, têm se caracterizado pela predominância de questionamentos provenientes de investidores, principalmente aqueles de natureza individual. Durante a exposição dos resultados do segundo trimestre por parte da empresa, evidenciou-se uma inquietação entre os acionistas: qual a capacidade financeira da empresa para suportar o período de reestruturação?

Rodrigo Abreu, o CEO da Oi, respondeu afirmativamente: “O nosso plano engloba uma série de medidas para garantir que a empresa mantenha uma posição de liquidez que possibilite suas operações de forma adequada até que todo este processo seja finalizado, incorporando novos recursos financeiros.”

O plano anunciado no começo deste ano está atualmente sujeito a revisões devido às tratativas em andamento com os credores.

“Este plano contempla diversas etapas que estão sendo cumpridas, incluindo uma grande ênfase na contenção de despesas, além de um acordo com os credores para viabilizar a adoção do chamado ‘DIP'”, esclareceu o executivo, referindo-se ao modelo de financiamento especificamente destinado a companhias em recuperação judicial.

No contexto do DIP (Debtor-in-Possession) financing, o credor em questão ganha prioridade sobre os demais na fila para reaver o montante emprestado. Em junho, a Oi conseguiu a quantia de US$ 200 milhões dos credores por meio deste mecanismo. Esta quantia correspondeu à primeira parcela de um financiamento acordado no último mês de abril.

No relatório referente ao segundo trimestre, divulgado recentemente, a administração da Oi destacou que o recebimento da primeira parcela fortaleceu a posição de caixa da companhia, a qual atingiu R$ 2,6 bilhões, registrando um aumento de 41% em comparação ao ano anterior.

“A partir desta entrada, discutem-se as condições necessárias para que novos recursos sejam injetados na empresa”, afirmou Abreu. “Nossa previsão é que a posição de caixa seja suficiente para sustentar a empresa até a chegada desses recursos adicionais, o que deve ocorrer até a metade do próximo ano.”

Conforme explicado pelo executivo, o plano é que esses fundos sejam aportados na companhia entre o final do primeiro trimestre do próximo ano e o início do segundo trimestre. “O plano estipula a incorporação de um investimento que assegure a cobertura dos gastos operacionais enquanto a empresa não gera um fluxo de caixa livre, mas estamos concentrando nossos esforços na redução de gastos, visando minimizar a necessidade de aporte financeiro adicional”, concluiu Abreu.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas