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Julho 2023: o mês mais quente na história, diz OMM

(Foto: Cottonbro Studio/Pexels)
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O mês de julho 2023 se destaca no calendário meteorológico global como o período de três semanas mais quente na história. A temperatura média global da superfície do mar desde maio já superou os registros anteriores para este período do ano, levando a um julho atipicamente ardente. Este fenômeno está diretamente ligado a ondas de calor maciças em partes significativas da América do Norte, Ásia e Europa.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) lançou dados alarmantes nesta quinta-feira, apontando que estamos presenciando o que pode ser o mês mais quente já registrado. Essas estatísticas são agravadas por eventos climáticos extremos, com relatos de crianças sendo arrastadas por chuvas intensas e trabalhadores sofrendo sob o calor intenso.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, delineou a gravidade da situação, referindo-se às mudanças climáticas como uma realidade “assustadora”. Incêndios devastadores, como os observados no Canadá e Grécia, têm repercussões terríveis para a saúde humana, ecossistemas e economias. A liderança da ONU reconhece avanços no setor de energias renováveis, mas ressalta que os esforços ainda são insuficientes face à magnitude da crise.

Com eventos significativos como as Cúpulas Climática da África, G20, Ambição Climática da ONU e COP28 no horizonte, há oportunidades emergentes para alterar o atual cenário. Especificamente, as nações do G20, responsáveis por uma vasta maioria das emissões de gases de efeito estufa, estão sob pressão intensa para intensificar suas ações.

O secretário-geral Guterres expressou expectativas elevadas para a próxima Cúpula do G20 na Índia, sublinhando a necessidade de compromissos sérios para reduzir emissões. Além disso, ele fez um apelo para planos concretos visando o fim do uso do carvão até 2040 e uma postura decisiva das instituições financeiras contra investimentos em combustíveis fósseis.

O climatologista Álvaro Silva, ligado à OMM, reitera a urgência não apenas em estratégias de mitigação, mas também em robustos planos de adaptação, à medida que os efeitos da mudança climática se intensificam globalmente.