Com a recente queda da taxa básica de juros (Selic) e, mais significativamente, da Taxa de Longo Prazo (TLP), Nelson Barbosa, diretor de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vê um horizonte promissor para a instituição. Ele acredita que muitos projetos atualmente em consulta no banco serão concretizados em desembolsos, aproveitando a atual condição de juros mais baixos. Estas declarações foram dadas durante a divulgação do desempenho financeiro e operacional do BNDES no primeiro semestre de 2023, realizada no Rio de Janeiro na quarta-feira (16/08).
Nelson Barbosa salientou algumas das medidas implementadas neste semestre que fortalecem a atuação do banco. Dentre elas, destaca-se a criação de linhas em dólar voltadas para o agronegócio (R$ 4 bilhões) e para a indústria (R$ 1 bilhão), bem como o expressivo aumento no orçamento do Plano Safra, que saltou de R$ 25,4 bilhões em 2002/2023 para R$ 38,4 bilhões no período 2023/2024. Outro marco importante foi a retomada de empréstimos para estados e municípios, totalizando R$ 30 bilhões, além das negociações que somam US$ 5,2 bilhões em captações externas.
Em um movimento estratégico, o BNDES também marcou presença no mercado de debêntures. Realizou duas significativas aquisições na área de saneamento, totalizando um investimento de R$ 3,7 bilhões. Segundo Barbosa, essas operações se configuraram como “as maiores debêntures incentivadas do Brasil”.
O diretor de Planejamento também ressaltou as propostas do BNDES para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Com um orçamento de R$ 1,7 trilhão, e investimentos planejados de R$ 1,4 trilhão até 2026, as iniciativas incluem o novo Fundo Clima e a criação do Fundo de Investimento em Infraestrutura Social. O Fundo Clima, criado em 2009, tem uma carteira de R$ 2,3 bilhões, com expectativa de novos aportes neste ano. Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, informou que estão programados investimentos anuais de R$ 10 bilhões no Fundo Clima.









