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Governo da Argentina congela preços dos combustíveis

Ministro da Argentina confirma acordo para estabilizar preços dos combustíveis até 31 de outubro. Medida é um resposta à inflação crescente.
Sergio Massa, ministro da Economia da Argentina. (Foto: Divulgação JC)

Na noite de quinta-feira (17/08), Sergio Massa, ministro da Economia da Argentina, trouxe à tona uma decisão significativa: os preços dos combustíveis no país permanecerão inalterados até 31 de outubro. Este movimento é uma resposta direta à crescente inflação que atinge a população.

“Concordamos, após um trabalho de entendimento entre as refinarias, os produtores e o Estado, que não haverá mais aumento de combustíveis até 31 de outubro”, declarou Massa através do X (ex-Twitter). As consequências para as empresas que optarem por não aderir ao acordo serão severas, perdendo benefícios fiscais como punição.

Para assegurar a transparência do processo, Massa anunciou a implementação de um sistema de reclamações para o público, gerenciado pelo Ministério da Energia. Isso permitirá um monitoramento mais eficiente dos preços.

A situação econômica da Argentina é preocupante. Em 2023, os preços da gasolina e do diesel sofreram um aumento de 63%, alinhados com a inflação acumulada até julho. Paralelamente, a diferença entre o valor local do barril de petróleo (US$ 63) e o preço internacional do Brent (US$ 84) também ampliou-se.

A inflação anual ultrapassa os 100%. Fatores como turbulências recentes nos mercados locais e um acentuado aumento na taxa de juros pelo Banco Central da República Argentina (BCRA) indicam que esse percentual pode crescer ainda mais. E com o primeiro turno das eleições presidenciais marcado para 22 de outubro, onde Massa é um dos candidatos, o cenário político-econômico está repleto de tensões. Ressalta-se que Massa conquistou o terceiro lugar nas primárias, perdendo para Javier Milei.

Em meio a essa turbulência, uma outra medida foi tomada: a Argentina estabilizou sua taxa de câmbio em 350 pesos por dólar até o final de outubro, uma resposta à desvalorização de 22% após as primárias. Esta ação ocorreu a pedido do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A recente alta na taxa de câmbio oficial começou a impactar o preço dos combustíveis na última segunda-feira. As empresas Shell, Axion e Puma Energy aplicaram um aumento de 12,5% nos valores da gasolina e do diesel. Seguindo essa tendência, a estatal YPF, líder do mercado argentino, ajustou seus preços no mesmo percentual na sexta-feira.

O congelamento dos preços dos combustíveis é uma tentativa de trazer estabilidade em tempos de incerteza e volatilidade.

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