Nos últimos 12 meses, o cenário televisivo brasileiro tem passado por uma transformação significativa. De acordo com dados da Anatel, houve uma redução de 14,7% na base de assinantes da TV paga. Esse movimento fez com que as empresas do setor buscassem novas formas de se adaptar, migrando do modelo tradicional para o IPTV (Internet Protocol Television), mais conhecido como streaming.
Até junho de 2023, o número de assinantes de TV por assinatura no Brasil caiu de 15,1 milhões para cerca de 12,9 milhões. Essa queda, observada de maneira contínua ao longo dos meses, tem preocupado as operadoras. A competição com plataformas de streaming, como a Netflix, é um dos principais fatores que influenciam a mudança no comportamento dos consumidores.
Mas o que explica a crescente adesão ao IPTV? A resposta está tanto no custo para os consumidores quanto nas atuais regulamentações. Os serviços de streaming que transmitem canais de TV pela internet estão sujeitos a uma carga tributária menor, pois não se enquadram na Lei da TV paga (SeAC). Com menos exigências legais e operacionais, os pacotes de IPTV acabam sendo financeiramente mais acessíveis para o público.
Ainda assim, especialistas indicam que a TV por assinatura tradicional não está destinada a desaparecer tão cedo. A expectativa é que ambos os modelos — TV paga e IPTV — convivam, cada um atendendo a diferentes perfis de consumidores.
As operadoras, no entanto, precisam estar atentas às mudanças no mercado e adaptar suas estratégias de negócios. A migração para o streaming é um reflexo claro das preferências dos brasileiros em relação ao consumo de entretenimento e conteúdo.