Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a previsão de crescimento para a economia brasileira passou de 2,31% para 2,56%. Essa elevação reflete a contínua recuperação da economia, no segundo trimestre deste ano, com um crescimento de 0,9% em relação aos primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A projeção positiva para 2023 aponta para uma retomada gradual, sustentada pela melhoria do ambiente econômico, que supera as expectativas iniciais. O Boletim Focus destaca que esse avanço é fruto de diversos fatores, incluindo a recuperação do mercado de trabalho, o aumento dos investimentos e uma maior estabilidade política.
No entanto, a boa notícia sobre o crescimento econômico vem acompanhada de preocupações sobre a inflação. O mercado financeiro elevou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de 4,9% para 4,92%. Essa estimativa está acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3,25% para 2023, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
De acordo com o Boletim Focus, o risco de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%, o que demonstra a necessidade de uma política monetária vigilante para controlar a alta dos preços.
Para combater a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic. Diante da desaceleração da inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) iniciou um ciclo de redução da Selic no mês passado.
As projeções do mercado financeiro indicam que a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano, representando uma diminuição significativa em relação às taxas anteriores. Para 2024, a estimativa é que a taxa básica de juros caia para 9%, refletindo a expectativa de controle da inflação. Já para os anos de 2025 e 2026, a previsão é de que a Selic permaneça em 8,5% ao ano.
Dólar
Quanto à cotação do dólar, o mercado financeiro estima que a moeda americana encerre o ano de 2023 cotada a R$ 4,98. Essa projeção sugere uma estabilidade na taxa de câmbio, embora fatores globais e domésticos possam influenciar essa previsão ao longo do ano.