A segunda maior cidade do Reino Unido enfrenta desafios financeiros sem precedentes devido a pedidos de igualdade salarial que totalizam £760 milhões (R$ 4,7 bilhões).
A Câmara Municipal de Birmingham, que presta serviços a mais de um milhão de pessoas, declarou falência nesta terça-feira (5), lançando a cidade no centro de uma crise financeira e política. A medida drástica foi tomada em resposta a pedidos de igualdade salarial que totalizam entre £650 milhões (R$ 4 bilhões) e £760 milhões (R$ 4,7 bilhões), resultando em um déficit projetado de £87 milhões (R$ 542 milhões) para o ano fiscal de 2023-24.
O relatório do aviso de falência apontou que a cidade enfrentou dificuldades em cumprir reivindicações de igualdade de remuneração, uma questão que assola muitas organizações atualmente. Sharon Thompson, vice-líder do conselho, enfatizou as “preocupações históricas do conselho sobre responsabilidade salarial igualitária” como uma das principais causas da crise. Thompson também responsabilizou em parte o Partido Conservador, no poder no Reino Unido, afirmando que Birmingham “teve 1 bilhão de libras de financiamento retirado por sucessivos governos conservadores”.
A crise financeira em Birmingham não é um caso isolado, conforme destacou Thompson: “O governo local está enfrentando uma tempestade perfeita, desde enormes aumentos na procura de cuidados sociais para adultos e reduções dramáticas nos rendimentos das taxas empresariais, até ao impacto da inflação.”
No entanto, ela enfatizou que, apesar dos desafios significativos, a cidade continua aberta aos negócios e está pronta para receber as pessoas.
Um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou que é responsabilidade dos conselhos eleitos localmente gerir seus próprios orçamentos. O governo central expressou preocupações com a governança do conselho e pediu garantias sobre o uso adequado dos fundos dos contribuintes.
