Nesta sexta-feira (15), a União Europeia anunciou seu apoio a um plano destinado a fortalecer a proteção da Amazônia, comprometendo-se a coordenar as contribuições financeiras dos países membros do bloco e a assegurar que os recursos sejam utilizados conforme o previsto no programa de investimento Global Gateway.
O Team Europe, composto pelos Estados membros da UE e instituições como o Banco Europeu de Investimento, coordenará os 260 milhões de euros já prometidos por Espanha, Itália, Suécia, França, Alemanha e Holanda para combater o desmatamento na Amazônia. Além disso, a UE adicionará uma quantia não revelada para proteger a floresta contra a exploração madeireira no âmbito do programa de investimento Global Gateway na América Latina, onde a preservação da floresta amazônica é uma das principais prioridades.
No contexto do projeto Global Gateway, a União Europeia se comprometeu, em julho, a investir 45 bilhões de euros na América Latina até 2027. Este esquema será discutido em maior detalhe nesta sexta-feira durante reuniões entre ministros da UE e da América Latina em Santiago de Compostela, na Espanha.
Os ministros estão focados em garantir que os recursos sejam alocados e utilizados de acordo com as diretrizes estabelecidas, de acordo com uma fonte familiarizada com as negociações, que pediu anonimato.
No passado, a Comissão Europeia foi criticada por prometer grandes investimentos em regiões em desenvolvimento sem um mecanismo efetivo para verificar a implementação efetiva desses fundos.
Agora, a Comissão assumirá a liderança na coordenação dos fluxos financeiros, unificando as doações individuais dos países por meio de uma plataforma de doadores lançada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) nesta sexta-feira, durante a reunião ministerial.
Desde 2002, mais de metade da destruição global de florestas tropicais antigas ocorreu na Amazônia e em florestas vizinhas. As florestas tropicais, especialmente a Amazônia, desempenham um papel crucial na absorção de grandes quantidades de dióxido de carbono e são fundamentais na regulação do clima global, tornando-as vitais na luta contra as mudanças climáticas.