O governo italiano tem como objetivo arrecadar pelo menos 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, o equivalente a aproximadamente 21 bilhões de euros (ou US$ 22,2 bilhões). O montante será levantado por meio de vendas de ativos entre 2024 e 2026, de acordo com o Tesouro Nacional. Essa iniciativa faz parte dos esforços da primeira-ministra Giorgia Meloni (foto) para manter sob controle o segundo maior montante de dívida da zona do euro em relação ao PIB.
A relação dívida/PIB da Itália deve diminuir para 139,6% até 2026, em comparação com 140,2% deste ano. As novas metas levam em consideração os rendimentos das vendas de ativos, conforme declarado pelo Tesouro no Documento Econômico e Financeiro (DEF).
O ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, afirmou no documento que as vendas de participações envolverão empresas que já estão em compromissos de privatização. Isso faz referência ao banco Monte dei Paschi di Siena (MPS), que foi resgatado em 2017 a um custo de 5,4 bilhões de euros para os contribuintes.
O Tesouro deve contratar consultores para o processo de reprivatização do banco. Recentemente, Giorgetti minimizou a possibilidade de ação rápida, afirmando que o governo não tem necessidade urgente de dinheiro.
Além disso, a Itália também venderá ações de empresas em que a participação do Tesouro “excede o necessário para manter uma coerência e unidade de direção estratégica apropriada”, acrescentou Giorgetti, sem fornecer mais detalhes.
No entanto, os governos italianos têm um histórico de metas de privatização não cumpridas. Sendo assim,o período remonta ao cenário anterior à pandemia de COVID-19. Em 2018, Giuseppe Conte se comprometeu a arrecadar cerca de 18 bilhões de euros com vendas de ativos até o final do ano seguinte. Apesar da tentativa de reduzir a dívida e tranquilizar os investidores, o plano não produziu resultados.