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Ecoinovação: indústrias brasileiras focam em planos de ação, diz pesquisa

Foto: Gerj/Fotos públicas
Foto: Gerj/Fotos públicas

Uma pesquisa recente conduzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que a ecoinovação está ganhando terreno no cenário industrial brasileiro, com 47% das empresas participantes planejando ações nesse campo. Os dados da pesquisa, intitulada “Sondagem Especial: Ecoinovação e Transformação Digital”, também destacam que 30% das empresas já estão implementando seus planos, enquanto 17% têm projetos aprovados prontos para serem anunciados. No entanto, a pesquisa aponta para desafios significativos no caminho da ecoinovação.

A ecoinovação, conforme definida pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), envolve inovações que visam a redução do impacto ambiental. Essa tendência global está moldando os modelos de negócios das empresas, tornando-se essencial para a sustentabilidade e a competitividade no setor industrial, tanto no Brasil quanto no mundo.

De acordo com a CNI, a ecoinovação pode se manifestar de várias formas, desde inovações tecnológicas, como novos produtos e processos, até inovações não-tecnológicas, envolvendo estratégias de marketing e organização empresarial.

“Esta é uma tendência irreversível e vital para a sobrevivência e competitividade das empresas em todo o mundo, à medida que avançam as políticas de redução das emissões de gases de efeito estufa, do consumo de água e da geração de resíduos”, afirma a CNI.

Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, aponta que, apesar do progresso, o Brasil poderia adotar a ecoinovação com maior velocidade. Ele enfatiza a importância de apoiar pequenas empresas nessa jornada.

A pesquisa revela que a falta de trabalhadores qualificados é o maior desafio enfrentado pelas indústrias que buscam implementar a ecoinovação. Para 33% das empresas, a barreira principal é orçamentária. Outros obstáculos incluem a necessidade de investir em áreas estratégicas (29%), questões relacionadas à estrutura e cultura empresarial (18%), limitações de tempo para treinamento (20%) e baixo engajamento dos funcionários (12%).

A falta de conhecimento em técnicas sustentáveis (66%) e na legislação ambiental (45%) são citados como obstáculos significativos. Além disso, 38% das empresas acreditam que seus profissionais carecem de competência para gerir e desenvolver projetos de ecoinovação.

Para superar essas barreiras, 76% das empresas planejam investir no treinamento de seus funcionários, enquanto 24% optarão pela terceirização de projetos.

Gianna Sagazio, diretora de Inovação da CNI, enfatiza a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas que incentivem a ecoinovação, com atenção especial às pequenas empresas. Ela acredita que isso não apenas contribuirá para a sustentabilidade ambiental, mas também para a competitividade dos produtos e serviços brasileiros nos mercados globais.

A pesquisa da CNI entrevistou 2.236 gestores de empresas industriais entre os dias 1 e 10 de janeiro de 2023, proporcionando uma visão abrangente do atual cenário de ecoinovação na indústria brasileira.

 

M Dias Branco conteúdo patrocinado