Na agitada região de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, uma casa histórica mantém viva a memória do ilustre Barão de Mauá. O imóvel, agora à venda por R$ 4,2 milhões, preserva sua fachada, mas viu suas laterais sofrerem transformações ao longo dos anos.
Uma casa no coração da cidade, com passado versátil: já foi escola e pensão frequentada por Manuel Bandeira e Djanira. Hoje, tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), a casa é um pedaço da rica história do Rio de Janeiro.
O mercado de imóveis históricos no Rio de Janeiro está aquecido, mas nem todos se aventuram em adquirir propriedades tombadas. A impressão de que a restauração e adaptação podem ser dispendiosas afasta alguns compradores. No entanto, encontrar o comprador certo é crucial para preservar esses tesouros históricos.
História com apelo comercial
De acordo com Claudio Andre de Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis, o mercado de imóveis históricos sofreu com a pandemia, mas está em franca recuperação. No caso desta casa, o atual proprietário é uma rede internacional de hotelaria, que planejou um projeto que acabou sendo executado de outra forma.
Com um espaço total de 1,5 mil metros quadrados, incluindo um quintal, a casa em si possui cerca de 600 metros quadrados. Além de ter sido a residência do Barão de Mauá, a propriedade também abrigou a Pensão Mauá na década de 1940, frequentada por poetas, artistas e figuras notáveis da época.
Hoje, a casa apresenta uma vocação comercial, atraindo compradores com projetos de empreendimentos na região ou investidores estrangeiros que têm se interessado cada vez mais em adquirir imóveis históricos no Rio de Janeiro. Muitos estrangeiros reformam essas propriedades e as transformam em empreendimentos comerciais, aproveitando o movimento da área.
O Rio de Janeiro, com seu patrimônio histórico, atrai investidores que buscam preservação e oportunidades comerciais e residenciais.









