O ano de 2023 está sendo marcado por turbulências no mundo dos CEOs nos Estados Unidos, com mais de 1.000 executivos de alto escalão deixando seus cargos até agora, de acordo com um relatório da Challenger, Gray & Christmas. Esse número representa um aumento de 33% em relação ao ano anterior, constituindo o maior total registrado nos primeiros sete meses do ano desde que a empresa de pesquisa começou a monitorar as saídas, em 2002.
O mandato médio de um CEO também está diminuindo significativamente, passando de uma média de 12 anos para agora variar entre cinco e sete anos. Analistas que acompanham a sucessão de CEOs apontam para um ambiente corporativo em rápida transformação, com pressões crescentes sobre esses líderes e mudanças no comportamento esperado deles.
O papel do CEO está evoluindo rapidamente, e os conselhos de administração enfrentam dificuldades para equilibrar as expectativas dos acionistas. A pressão por resultados financeiros e a necessidade de adaptação a um mundo em constante mudança estão entre os desafios que os CEOs enfrentam.
Saídas recentes de CEOs
Em setembro, pelo menos três grandes CEOs deixaram seus cargos. O CEO da BP, a gigante de energia britânica, Bernard Looney, renunciou devido a preocupações éticas e desempenho insatisfatório. Sob sua gestão, a BP adotou metas de redução de produção de petróleo e gás, o que não agradou aos acionistas.
Stewart Glendinning, ex-executivo da Tyson Foods, assumiu como CEO da Express em um momento em que a empresa enfrenta queda nas vendas e prejuízos financeiros. Timothy Baxter deixou a empresa após resultados desanimadores no segundo trimestre.
A Walgreens Boots Alliance também viu sua CEO, Rosalind Brewer, sair do cargo menos de três anos após assumir o comando. A empresa enfrenta desafios em seu setor de varejo e uma queda nas ações.
As saídas em massa de CEOs podem ter um impacto significativo nas empresas e na economia como um todo. A incerteza causada por essas mudanças de liderança pode afetar o desempenho das ações e a confiança dos investidores.
O cenário atual nos Estados Unidos reflete um ambiente empresarial em constante mudança, onde os CEOs enfrentam pressões crescentes para entregar resultados e se adaptar às demandas do mercado.