123Milhas é acusada de maquiar contabilidade

Nesta segunda-feira (9), o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, revelou que a 123Milhas teria utilizado contas bancárias de familiares e empréstimos para maquiar sua contabilidade e esconder um rombo financeiro.
(Foto: DReprodução/Interner)

Nesta segunda-feira, 9 de outubro, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP) revelou que a 123Milhas teria utilizado contas bancárias de familiares e empréstimos para maquiar sua contabilidade e esconder um rombo financeiro. Além disso, suspeita-se que a empresa tenha criado a promoção “Linha Promo” com o intuito de estabelecer um esquema de pirâmide financeira para manter-se operando.

De acordo com o relatório de Silva, “É possível que a Linha Promo tenha funcionado como um esquema de pirâmide, no qual o valor obtido com novas compras era utilizado para emitir passagens de clientes mais antigos e, claro, enriquecer os sócios, até o esquema ruir.”

O deputado solicitou o indiciamento de oito pessoas supostamente envolvidas na fraude, incluindo os irmãos Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, fundadores da empresa. A 123Milhas chamou a atenção da CPI em agosto, quando suspendeu a emissão de bilhetes aéreos e, posteriormente, pediu recuperação judicial.

As acusações incluem crimes de estelionato, gestão fraudulenta, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Uma investigação conjunta da CPI, Polícia Federal e Coaf revelou o repasse de uma “verba bilionária” de publicidade para uma agência. Em contrapartida, o capital social dessa agência é de apenas R$ 10 mil. Além disso, estava em nome do pai dos sócios Ramiro e Augusto Soares Madureira.

O relator da CPI faz uma recomendação ao Ministério Público Federal para o pedido de indiciamento, cabendo a este órgão a decisão de abrir os inquéritos correspondentes.

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