A CPI das Pirâmides Financeiras apresentou novos desdobramentos em relação aos fundos anteriormente geridos pela Infinity Asset. Após uma análise detalhada de documentos, o relatório final da comissão recomendou que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) iniciem investigações para apurar “possíveis crimes contra a ordem econômica” relacionados à gestora de recursos. O deputado Ricardo Silva, relator da CPI, afirmou que uma análise das condutas da Infinity Asset revelou “movimentação atípica” nos fundos geridos pela empresa.
Além disso, parlamentares da CPI recomendaram a investigação das movimentações financeiras entre a empresa, o gestor e seus clientes. O imbróglio começou com a perda do selo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em dezembro do ano passado, o que levou a uma significativa retirada de recursos dos fundos da Infinity Asset. Posteriormente, os fundos foram transferidos para a Vanquish Asset no início deste ano, afetando quase 6 mil cotistas.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também está investigando a Infinity Asset por irregularidades em operações realizadas entre 2014 e 2018. O julgamento do processo sancionador ainda está em curso, e investidores aguardam uma resolução.
Diante da demora na solução do caso, alguns investidores estão buscando reaver seus investimentos por meio do sistema judiciário. Recentemente, duas ações de sentença condenaram a Infinity e outros réus a indenizar investidores pelo valor investido. Sendo assim, os acusados têm 15 dias para recorrer das decisões.
As ações judiciais destacaram que os documentos fornecidos pela gestora sugeriam um perfil conservador de investimento, o que não foi observado na prática. Logo, a juíza responsável pela decisão também levantou preocupações sobre possíveis fraudes na gestão dos fundos.
