Philip Jefferson e seu efeito na queda do dólar

Foto: Wikicommons

No início desta segunda-feira (9), uma aversão ao risco prevaleceu nos mercados devido ao conflito entre Hamas e Israel no Oriente Médio. No entanto, à tarde, uma onda de otimismo tomou conta dos investidores. Essa reviravolta tem um nome: Philip Jefferson, o atual vice-presidente do Conselho de Governadores do Federal Reserve (Fed), que alertou para os riscos de uma política monetária excessivamente restritiva.

Jefferson, membro votante do Federal Open Market Committee (FOMC), fez essas declarações durante a Conferência da Associação Nacional de Economia Empresarial em Dallas.

As palavras de Jefferson surgiram em meio ao aumento do rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos, refletindo a expectativa de taxas de juros mais elevadas nos Estados Unidos. Na semana anterior, esses rendimentos atingiram seu pico desde 2007, alcançando 4,887%.

Jefferson afirmou que qualquer ação adicional na política monetária deve ser cuidadosamente avaliada pelo Fed. Em setembro, a projeção mediana dos diretores do Fed indicava mais um aumento nas taxas de juros de 0,25 ponto percentual até o final do ano. No entanto, os investidores têm reduzido significativamente as apostas nessa possibilidade.

Na tarde seguinte às declarações de Jefferson, as curvas de juros nos EUA precificaram apenas 11% de chance de um aumento de juros na próxima reunião, em novembro, de acordo com o monitor de probabilidades do CME Group. Antes dessas declarações, a probabilidade era de 27%. A expectativa de mais um aumento até dezembro caiu de 32,4% para 26%.

A expectativa de que o Fed adote uma abordagem mais suave na política monetária impulsionou os principais índices em Nova York, que atingiram suas máximas do dia após as observações de Jefferson. Essas declarações também tiveram impacto no mercado brasileiro, com alta do Ibovespa e queda do dólar.

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