A inflação do aluguel em outubro, medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), registrou uma alta de 0,50%, superando os 0,37% de setembro, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (30). Desde o início do ano, o índice acumula uma deflação de 4,46%, e em 12 meses, a queda é de 4,57%, indicando uma redução geral nos preços da cesta de produtos monitorada pela FGV. A variação em outubro teve impacto direto nos contratos de aluguel.
De acordo com André Braz, economista e coordenador da pesquisa na FGV, os preços das commodities, como bovinos, açúcar bruto e carne bovina, foram os principais responsáveis pela alta nos custos do atacado em outubro. Ele ressalta que esses aumentos impactaram diretamente a inflação do aluguel no mês.
Impacto da inflação do aluguel em outubro nos preços futuros
Essas variações, segundo o especialista, podem influenciar os preços ao consumidor nas futuras medições. Braz prevê que o grupo de alimentação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) será um dos mais afetados. A inflação do aluguel em outubro já sugere que os próximos índices poderão refletir essas mudanças de forma evidente.
Os componentes que compõem o IGP-M incluem o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Em outubro, o IPA subiu 0,60%, o IPC variou 0,27% e o INCC apresentou alta de 0,20%. No que se refere aos custos familiares, as maiores variações ocorreram nos segmentos de educação, saúde, alimentação, vestuário e despesas diversas.
Reajustes de aluguel para contratos
O IGP-M é amplamente utilizado como base para reajustes em contratos de aluguel. Em outubro, a inflação do aluguel sugere que, em alguns contratos, o valor pode permanecer estável. Isso significa que, embora não haja aumento, também não ocorrerá redução nos preços em relação aos meses anteriores.