A crise dos combustíveis na Argentina atingiu um novo ápice nesta segunda-feira (30/10). Na capital do país, Buenos Aires, postos de gasolina estão enfrentando uma grave escassez, levando a longas filas e racionamento das vendas. A crise, que começou na semana passada, é resultado de problemas internos com o refino e da escassez de dólares para importações.
A Argentina, apesar de ser uma grande produtora de petróleo e gás de “shale”, está sofrendo com a falta de gasolina e diesel. O governo argentino está considerando interromper as exportações para preservar os estoques internos. No entanto, essa medida pode não resolver completamente o problema, já que executivos de empresas petrolíferas apontam que a dificuldade está no refino e nas barreiras às importações, não na produção em si.
A crise dos combustíveis está gerando preocupações antes do segundo turno das eleições presidenciais, marcado para 19 de novembro. O atual ministro da Economia, Sergio Massa, enfrenta o candidato ultraliberal Javier Milei. A situação dos combustíveis está afetando a imagem do governo e pode influenciar o resultado das eleições.
Além disso, trabalhadores do setor de petróleo e refinarias ameaçam entrar em greve se a situação não for resolvida rapidamente. Os sindicatos locais apoiam a posição de Massa, acusando as empresas petrolíferas de serem “oportunistas e mesquinhas”. Enquanto isso, os consumidores enfrentam dificuldades para abastecer seus veículos, com postos sem gasolina ou com vendas limitadas.