O economista Emilio Ocampo considera inevitável a possibilidade de dolarização da economia argentina. Atualmente, membro da equipe de Javier Milei que está no segundo turno das eleições presidenciais. Em caso de vitória, Milei pretende nomear Ocampo para presidir o Banco Central, conduzindo a troca da moeda local, peso, pelo dólar, e posteriormente, a extinção do Banco Central, proposta controversa do candidato ultraliberal.
Contrariando o ceticismo de alguns economistas locais e internacionais, Ocampo defende a dolarização como medida irreversível que impediria a destruição da moeda pelos políticos. Em seu livro “Dolarização: Uma Solução para a Argentina,” Ocampo argumenta que a resistência à ideia é baseada em nacionalismo ultrapassado, destacando que, se a moeda simboliza soberania, a Argentina carece dessa soberania.
Durante a campanha de Milei, a equipe enfatizou que a dolarização já é uma realidade na Argentina, citando grandes reservas em dólares guardadas pelos argentinos. A falta de acesso ao dólar penaliza atualmente apenas trabalhadores assalariados e os mais pobres, destaca Ocampo. Quanto à extinção do Banco Central, Ocampo e sua equipe propõem mecanismos alternativos já adotados por países dolarizados, como Equador, Panamá e El Salvador.