O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta (13) a redução da taxa Selic para 11,75% ao ano, uma diminuição de 0,5 ponto percentual. Esta medida segue a tendência de cortes anteriores na taxa, que é um instrumento crucial para o controle da inflação.
O Banco Central (BC) enfatizou que novas reduções de 0,5 ponto podem ocorrer nas próximas reuniões, mas o fim desta série de cortes dependerá da análise da inflação no primeiro semestre de 2024. A decisão unânime do Copom reflete a necessidade de manter uma política monetária contracionista para apoiar o processo de desinflação.
Desde maio do ano passado, a Selic não atingia esse patamar. Entre março de 2021 e agosto de 2022, houve um aumento constante na Selic, começando em um período de alta nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Antes desse ciclo de aumento, a Selic havia sido reduzida para 2%, o nível mais baixo desde 1986, para estimular a economia durante a pandemia de covid-19.
A Selic é vital para gerenciar a inflação oficial, medida pelo IPCA. Em novembro, o IPCA registrou 0,28%, acumulando 4,68% em 12 meses. Apesar de uma alta na segunda metade do ano, este aumento já era previsto por economistas.
O Banco Central, no Relatório de Inflação de setembro, manteve a projeção do IPCA em 5% para 2023, mas essa estimativa pode ser revisada. O mercado financeiro, por outro lado, prevê uma inflação oficial de 4,51% para o ano, abaixo do teto da meta.
Além de influenciar a inflação, a taxa Selic afeta a economia. Juros mais baixos incentivam a produção e o consumo, embora dificultem o controle da inflação. O último Relatório de Inflação elevou para 2,9% a previsão de crescimento econômico em 2023, com o mercado projetando um crescimento similar.