O governo angolano anunciou hoje (21) sua saída da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), expressando desacordo com as políticas de controle de preços e produção de petróleo. A decisão, tomada na 10ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros. Segundo Diamantino Azevedo, Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, é “o momento de nos concentrarmos mais em nossos objetivos e metas.” A saída de Angola, embora tenha uma produção modesta, pode ter um impacto mais amplo, destacando uma possível crise interna da Opep.
Javier Blas, da Bloomberg, destaca a diferença em relação às saídas anteriores, pois Angola verbaliza uma insatisfação geral, podendo influenciar ações mais concretas de grandes produtores. Em janeiro de 2021, o ministro já indicava a possibilidade de saída, afirmando que se a presença na Opep prejudicasse o país, “somos patriotas o suficiente para sair.”
Brasil na Opep+
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou no último dia 2 a participação do Brasil na Opep+, mas afirmou que o país não irá ter papel nas decisões. Durante a COP-28, Lula argumentou que a adesão é crucial para incentivar a redução da exploração de combustíveis fósseis. A Opep+ é um grupo formado por países membros e não membros aliados da Opep.