Na última semana de dezembro, os Estados Unidos registraram um aumento nos pedidos iniciais de auxílio-desemprego, atingindo a marca de 218 mil. De acordo com o relatório do Departamento do Trabalho, isso representa um acréscimo significativo de 12 mil em relação à semana anterior. Essa variação surpreendeu economistas, que inicialmente previam um aumento para 210 mil pedidos. Esse cenário sinaliza um resfriamento no mercado de trabalho no 4º trimestre do ano.
Dados sobre abertura de vagas de emprego no país já revelavam uma queda considerável. Em outubro, o número de oportunidades disponíveis atingiu o menor patamar em mais de dois anos. Havia 8.7 milhões de vagas, de acordo com o relatório do Job Openings and Labor Turnover Survey do Departamento do Trabalho. Este declínio, o mais acentuado desde março de 2021, foi impulsionado, principalmente, por uma redução nas ofertas de trabalho nos setores de saúde, atividades financeiras e varejo.
A interpretação desses dados sugere que os esforços do Federal Reserve para conter a demanda, através da implementação de taxas de juros mais altas, estão começando a surtir efeito. No entanto, é importante destacar que as autoridades do Federal Reserve reiteram que cortes nas taxas de juros não estão sendo considerados a curto prazo.
Essa mudança nas tendências do mercado de trabalho contrasta com o período pós-pandemia, quando a busca por mão de obra impulsionou o crescimento salarial. Desde 2022, entretanto, as aberturas de vagas têm consistentemente declinado, indicando um ambiente desafiador para os trabalhadores nos Estados Unidos.
O aumento nos pedidos de auxílio-desemprego e a diminuição nas ofertas de trabalho reforçam a complexidade do cenário econômico atual e a necessidade de monitoramento contínuo das políticas do Federal Reserve diante das condições do mercado de trabalho.
