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Retiradas em fundos de investimento atingem R$ 127,86 bi

2023 registra 2ª maior alta de saques em fundos de investimento

Retiradas em fundos de investimento atingem R$ 127,86 bi em 2023
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Retiradas em fundos de investimento atingem R$ 127,86 bi em 2023
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Em 2023, um volume notável de saques marcou o cenário dos Fundos de Investimento. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os resgates atingiram R$ 127,86 bilhões até 29 de dezembro, representando a segunda maior retirada desde o início da série histórica em 2002. Este valor só foi superado em 2022, com R$ 129,21 bilhões retirados.

Pela primeira vez na história, os saques foram maiores do que aportes por dois anos consecutivos. Os fundos multimercados sofreram a maior perda, com retiradas de R$ 134,32 bilhões em 2023. Além disso, os fundos de renda fixa e de ações também enfrentaram saídas consideráveis, somando R$ 59,81 bilhões e R$ 16,96 bilhões, respectivamente.

A performance abaixo do esperado em fundos multimercados e de ações, especialmente em comparação ao CDI, influenciou negativamente na decisão dos investidores. Muitos optaram por migrar para investimentos em renda fixa, buscando maior segurança. A volatilidade nos preços dos ativos e a baixa rentabilidade resultaram em impaciência e consequente resgate por parte dos investidores.

No entanto, no final de 2023, os fundos de ações começaram a apresentar uma remuneração mais atrativa, seguindo a tendência positiva da bolsa, o que contribuiu para a atração de novos clientes. Por outro lado, fundos de renda fixa que investiam em crédito privado enfrentaram desvalorizações no início do ano, devido a crises em empresas específicas como a Americanas. Apesar disso, esses fundos estão conseguindo recuperar a confiança dos investidores.

Em fundos de investimento, gestores profissionais gerem coletivamente o dinheiro de vários investidores com o objetivo de obter ganhos. Estes gestores tomam as decisões de investimento, e o sucesso ou fracasso de suas escolhas afeta diretamente a valorização das cotas dos participantes.