O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou a BNDES Azul nesta quarta-feira (24/01). Dividida em quatro áreas de atuação, a iniciativa tem foco no desenvolvimento marítimo.
Investimento e planejamento
A primeira frente é o Planejamento Espacial Marinho (PEM) destinado à Região Sul do Brasil. Um contrato específico para esta região foi assinado, destacando a importância da área para o país. Além disso, o BNDES possui R$ 22 bilhões destinados à economia azul (economia marítima). Isso inclui R$ 13,6 bilhões para projetos navais e R$ 7,7 bilhões para transporte marítimo e infraestrutura portuária. Setores como turismo marinho e conservação de manguezais também receberão fundos significativos.
Investimentos portuários
Além disso, o BNDES planeja injetar cerca de R$ 45 bilhões em investimentos portuários. Com linhas de crédito específicas e prazos de financiamento extensos, o objetivo é estimular o setor e alavancar a economia marítima.
Desenvolvimento sustentável
Sob a liderança de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, a iniciativa reforça a indústria naval e pesquisas marinhas. De acordo com Mercadante, a iniciativa visa colocar o mar como um pilar central na estratégia nacional. A descarbonização da frota naval é outra meta, com incentivos para a modernização e uso de combustíveis renováveis, alinhando-se aos objetivos globais de redução de emissões.
Ciência e inovação
No lançamento do programa, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatiza a importância da ciência na formulação de políticas públicas.
“Claro que vai existir sempre o espaço para o imponderável e a criatividade, mas, cada vez mais, as políticas públicas terão de ser feitas e pensadas com base em evidências. E nada melhor do que ter o conhecimento do nosso imenso oceano, nada mais do que ter conhecimento das nossas florestas, da nossa biodiversidade, dos nossos recursos terrestres, enfim, de tudo que a natureza dispõe.”, declarou.
O Planejamento Espacial Marinho, apoiado por vários ministérios e pela Marinha, usará o conhecimento dos oceanos para enfrentar desafios como a mudança climática. Além disso, o Instituto Nacional de Pesquisa Oceânica, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, já está operacional, promovendo pesquisas e desenvolvimento relacionados aos oceanos.