No mês de janeiro deste ano, o Brasil teve um salto histórico nas exportações. Os números superam as expectativas anteriores. As exportações brasileiras somaram US$ 27,02 bilhões, ou seja, um crescimento de 18,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O destaque vai para a indústria extrativa, que liderou o aumento de 53,3%, atingindo US$ 8,16 bilhões. Minérios de cobre e ferro, além de óleos brutos de petróleo, foram os principais impulsionadores do crescimento. A agropecuária também teve um bom desempenho, com um aumento de 21%, principalmente pela exportação de soja, algodão bruto e café.
Confira na tabela os detalhes
| Setor | Crescimento |
|---|---|
| Indústria Extrativa | 53,3% |
| – Minérios de cobre e seus concentrados | 100,9% |
| – Minério de ferro e seus concentrados | 56,9% |
| – Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus | 53,4% |
| Agropecuária | 21% |
| – Soja | 191,1% |
| – Algodão bruto | 106,5% |
| – Café não torrado | 17,9% |
| Indústria da Transformação | 4,6% |
| – Açúcares e melaços | 88,5% |
| – Farelos de soja e outros alimentos para animais | 30,7% |
| – Farinhas de carnes e outros animais | 20,6% |
Queda nas importações
Enquanto as exportações dispararam, as importações tiveram uma leve queda de 0,1%, totalizando US$ 20,49 bilhões. O declínio nas importações foi liderado pela indústria extrativa, que registrou uma redução de 27,6%. Por outro lado, a indústria de transformação viu um aumento modesto de 2,4%.
O saldo da balança comercial brasileira atingiu um novo recorde para o mês de janeiro, alcançando um superávit de US$ 6,53 bilhões. O número representa um salto de 185,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A corrente de comércio, que é a soma das exportações e importações, atingiu US$ 47,5 bilhões, com um crescimento de 9,7%.
Produtos com maior redução nas importações:
| Setor | Produto | Redução |
|---|---|---|
| Agropecuária | Cevada não moída | -55,6% |
| Cacau em bruto ou torrado | -47,1% | |
| Milho não moído, exceto milho doce | -35,3% | |
| Indústria Extrativa | Minérios de cobre e seus concentrados | -100% |
| Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado | -13,4% | |
| Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus | -41,8% | |
| Indústria de Transformação | Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas | -32,5% |
| Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários | -16,3% | |
| Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) | -27,5% |
Impacto
As exportações para os principais parceiros comerciais do Brasil também apresentaram um crescimento. Destacam-se as vendas para China, Hong Kong e Macau, que aumentaram em 53,1%, e para os Estados Unidos, com um aumento de 26,8%. Cresceram também as vendas para África, em 27,5% e no Oriente Médio, em 42,5%. No entanto, as importações de produtos argentinos e da União Europeia registraram uma queda de 3,2% e 1,4%, respectivamente.
Os números registrados pela balança comercial brasileira em janeiro de 2024 refletem a resiliência e a competitividade da economia do país em meio a um cenário global desafiador. O desempenho robusto nas exportações, combinado com uma leve queda nas importações, contribuiu para o saldo comercial positivo e para o fortalecimento da posição do Brasil no comércio internacional.









