A Alpargatas encerrou o último trimestre do ano com um prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão, atribuído principalmente ao impacto das baixas contábeis no valor das marcas Rothy’s e Iosays. O valor contrasta com o prejuízo de R$ 21 milhões registrado no mesmo período de 2022.
As despesas operacionais da fabricante de calçados aumentaram, ou seja, cresceram 294% em comparação ao ano anterior, atingindo R$ 1,6 bilhão. O aumento é atribuído ao efeito da redução ao valor recuperável dos investimentos nas unidades Rothy’s e Ioasys.
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Segundo a Alpargatas, a baixa contábil no Rothy’s foi de R$ 1,08 bilhão, enquanto no ativo intangível marca foi de R$ 372,5 milhões. Na Iosays, a perda identificada foi de R$ 111,6 milhões.
No acumulado do ano, a Alpargatas registrou um prejuízo de R$ 1,87 bilhão, em contraste com o lucro de R$ 183,7 milhões em 2022. Os resultados refletem as dificuldades enfrentadas pela empresa ao longo do período. Sendo assim, a receita líquida da empresa no quarto trimestre caiu 8,5% em comparação anual, totalizando R$ 1 bilhão. No ano, a receita totalizou R$ 3,73 bilhões, uma queda de 11%.
As vendas da marca Havaianas também sofreram um declínio, com uma redução de 2,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, portanto, uma receita 8,7% menor, de R$ 991,8 milhões.
Mudança na Presidência
Além dos desafios financeiros, a Alpargatas passou por uma transição na presidência em dezembro, com a saída de Robert Funari. Liel Miranda, ex-presidente da multinacional de alimentos Mondelez Brasil, assumiu o cargo no último dia 1º.
A empresa está programada para realizar uma teleconferência hoje às 9h para discutir os resultados e planos futuros.