O Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou um novo ministro nesta quinta-feira (22). Flávio Dino, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dino, de 55 anos, ocupará a vaga deixada por Rosa Weber, que se aposentou em setembro do ano passado.
A cerimônia de posse, realizada no plenário da Corte, contou com a presença de aproximadamente 800 convidados, incluindo o presidente Lula e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente.
Flávio Dino herdará cerca de 340 processos do gabinete de Rosa Weber. Entre eles, casos relacionados à atuação do governo durante a pandemia de covid-19 e à legalidade dos indultos natalinos assinados durante gestões anteriores.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a nomeação em dezembro passado, com placar de 17 votos a 10. Em seguida, o plenário da Casa aprovou com 47 votos a 31.
Durante a cerimônia de posse, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, enalteceu a trajetória de Flávio Dino, destacando a atuação nos Três Poderes e o prestígio entre diferentes setores da sociedade brasileira.
Após a solenidade, está prevista uma missa de ação de graças na Catedral de Brasília, que será seguida pelo novo ministro. Entretanto, Flávio Dino optou por não participar do tradicional jantar oferecido por associações de magistrados aos novos ministros do STF.
Trajetória
Flávio Dino, graduou-se em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e construiu uma trajetória diversificada, exercendo as funções de juiz federal, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e chefe da Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2006, ingressou na política, eleito deputado federal pelo Maranhão, e ocupou posteriormente o cargo de presidente da Embratur. Ele governou o Maranhão por dois mandatos consecutivos, reeleito em 2018, e em 2022 venceu as eleições para o Senado. No entanto, abriu mão do cargo para assumir o Ministério da Justiça no terceiro mandato de Lula.