A Polícia Federal (PF) intensificou sua luta contra as fraudes em seguros veiculares nesta terça-feira, ao executar cinco mandados de busca e apreensão. Esta ação faz parte da terceira fase da Operação Seguro Fake, visando uma empresa acusada de operar um esquema de seguros veiculares falsos, com um faturamento anual superior a R$ 500 milhões.
Localizada em Belo Horizonte, a APVS Brasil foi identificada como uma das maiores operadoras no mercado ilegal de seguros. A falta de autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) coloca a empresa em violação direta das regulamentações do setor, operando sob a falsa denominação de associação de proteção veicular.
Clientes lesados relatam inúmeras dificuldades, desde a não indenização após sinistros até problemas para contatar a empresa. O Reclame Aqui, uma plataforma independente de queixas, registra 748 reclamações contra a seguradora, evidenciando a gravidade do problema.
A investigação estima que a empresa tenha afetado mais de 100 mil clientes e empregue cerca de 500 funcionários, com operações em todo o Brasil. A magnitude do esquema de fraude é acentuada pela descoberta de um complexo sistema de lavagem de dinheiro, onde os lucros eram dissimulados através de empresas satélites relacionadas à associação.
Os responsáveis pela seguradora ilegal enfrentam acusações sérias, incluindo lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, crimes contra as relações de consumo e operação de instituição financeira sem autorização legal. As penas, se condenados, podem exceder 20 anos de prisão.
Esta operação marca um passo significativo no combate à fraude de seguros veiculares no Brasil, enfatizando a importância da vigilância regulatória e da proteção ao consumidor. A conclusão do inquérito pela PF e a subsequente oferta de denúncia pelo Ministério Público Federal prometem avanços na luta contra as operações ilegais no setor de seguros.









