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Crise humanitária: UE tem recorde de pedidos de asilo em 2023

Pedidos de asilo na União Europeia atingem 1,14 mi em 2023, gerando debate. Destaque para aumento de pedidos por palestinos e turcos.
União Europeia (UE)
(Imagem: Pixabay)

Em 2023, os pedidos de asilo para a União Europeia atingiram um novo patamar, totalizando 1,14 milhão, revelam dados recentes da Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA). O número representa um aumento de 18% em relação ao ano anterior. Assim, é o mais alto desde a crise migratória entre 2015 e 2016.

Os números estão incendiando debates intensos sobre imigração e a ascensão da extrema-direita, especialmente em meio a uma série de eleições locais, nacionais e a campanha para o Parlamento Europeu.

De acordo com a EUAA, sírios e afegãos continuam sendo os maiores grupos de solicitantes, enquanto uma nova tendência revela um aumento de 82% nos pedidos feitos por cidadãos turcos em comparação ao ano anterior.

Um destaque preocupante é o número recorde de palestinos que buscam asilo, chegando a quase 11.600. O aumento coincide com o conflito entre Israel e Hamas. Entretanto, é difícil registrar com precisão devido à falta de reconhecimento da Palestina como Estado por parte da maioria dos países membros da União Europeia.

A Alemanha, como de costume, foi o principal destino dos requerentes. O país recebeu quase um terço de todos os pedidos. Já o Chipre liderou em termos proporcionais, com um pedido para cada 78 habitantes.

Apesar de os números de pedidos de asilo de 2023 estarem ligeiramente abaixo dos níveis de 2016, eles somam-se aos 4,4 milhões de ucranianos que buscaram refúgio no bloco europeu após a invasão russa. Portanto, destaca-se uma necessidade contínua de resposta a crises humanitárias.

Travessias
(Imagem: Pixabay)

Os dados da EUAA chegam em meio ao registro, um mês antes, do maior aumento de travessias irregulares pela Frontex, a agência de proteção de fronteiras da UE, desde 2016, alimentando debates sobre a gestão e controle da imigração, especialmente com autoridades locais expressando sobrecarga.

Diante desse cenário, a União Europeia tem intensificado os esforços para fortalecer fronteiras externas e leis de asilo, por acordos no Oriente Médio e no Norte da África para manter mais pessoas na região.

Recentemente, o bloco alcançou um acordo histórico em dezembro. A União Europeia estabeleceu novas regras para distribuir de forma mais equitativa o ônus e o trabalho de acolhimento aos imigrantes. Além disso, limitou o número de chegadas. No entanto, há partes envolvidas que questionam a eficácia dessas medidas para abordar completamente a questão.

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