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Prisão Internacional: conheça a trajetória do fundador da Braiscompany

Fraudes financeiras, captura e condenações: a saga do fundador da Braiscompany.

Antonio e Fabrícia - Braiscompany
Foto: Reprodução/Braiscompany
Antonio e Fabrícia - Braiscompany
Foto: Reprodução/Braiscompany

A prisão de Antônio Inácio da Silva Neto, também conhecido como Antônio Ais, pela Interpol na Argentina nesta quinta-feira (29), marca o desfecho de uma saga que se estendeu por mais de um ano. Antônio, com a esposa, Fabrícia Farias, era sócio da Braiscompany, uma empresa de criptoativos. As autoridades condenaram ambos por crimes contra o sistema financeiro.

A captura de Antônio e Fabrícia ocorreu próximo ao condomínio onde o casal se escondia. Assim, as sentenças foram severas: o tribunal condenou Antônio a 88 anos e 7 meses de prisão, já Fabrícia recebeu uma sentença de 61 anos e 11 meses. Além deles, outros 9 réus também receberam condenações.

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A história de Antônio Neto Ais, fundador e CEO da Braiscompany, é marcada por controversas. Com uma atuação destacada no ramo das moedas digitais, ele se tornou conhecido em todo o Brasil após fundar a Braiscompany em 2018, em Campina Grande, na Paraíba. A empresa prometia retornos aos investidores, entre 3% e 10% ao mês, e ganhou projeção nacional como “a maior gestora de criptoativos da América Latina”.

Atribuíram o sucesso da Braiscompany à expertise de Antônio no mercado de criptomoedas, bem como à união entre a vida profissional e pessoal. Ele tinha o apoio da esposa, Fabrícia, que atuava como gestora e presidente do Conselho Administrativo da empresa. Nas redes sociais, o casal ostentava um estilo de vida luxuoso, com imagens de carros de luxo, viagens internacionais e encontros com celebridades.

No entanto, o que começou como uma história de sucesso empresarial acabou se transformando em uma trama de fraudes e golpes financeiros. A Braiscompany começou a enfrentar problemas de pagamento aos clientes. Sendo assim, as postagens pessoais do casal nas redes sociais deram lugar a mensagens motivacionais. Em 2022, a empresa foi alvo da “Operação Halving”, que investigou as atividades suspeitas.

Operação da Polícia Federal

A “Operação Halving” resultou na deflagração de buscas e apreensões em endereços ligados à Braiscompany, tanto na Paraíba quanto em São Paulo. Na época, a empresa era suspeita de captar investidores sob falsas promessas de lucros com criptomoedas. No entanto, após atrasos nos pagamentos, as autoridades começaram a investigar um possível golpe milionário. Segundo as autoridades, a Braiscompany movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão em atividades ilícitas.

A prisão de Antônio Inácio da Silva Neto representa um desfecho importante nessa investigação e coloca luz sobre as práticas fraudulentas que atravessavam o mundo dos criptoativos. As autoridades continuam em busca de Fabrícia Farias. Por fim, os investidores lesados aguardam por justiça e ressarcimento dos prejuízos causados pela Braiscompany.

(Várias cédulas foram apreendidas pela PF na sede da Braiscompany — Foto: Divulgação/Polícia Federal)