A China definiu sua meta de crescimento para 2024 em cerca de 5%, anunciada pelo primeiro-ministro Li Qiang no Congresso Nacional do Povo. Este objetivo segue de perto o desempenho de 2023, quando o país experimentou um crescimento de 5,2%. Apesar do alinhamento com as expectativas dos analistas, o mercado mantém-se cético quanto à capacidade da China de atingir tal marca, especialmente considerando os atuais desafios econômicos.
Como a China quer alcançar meta
Para alcançar essa meta, a China pretende reduzir o déficit orçamentário para 3% do PIB, um ajuste em relação aos 3,8% do ano anterior. Um aspecto notável é a possível emissão de 1 trilhão de yuans em títulos especiais do governo, uma estratégia para estimular a economia que já foi empregada anteriormente, mais recentemente em 2020, como resposta à pandemia.
A meta de inflação foi estabelecida em 3%, embora o país enfrente o mais longo período de deflação desde os anos 90, tornando o objetivo de expansão robusta um desafio. Além disso, a China busca criar mais de 12 milhões de empregos urbanos, mantendo a taxa de desemprego em cerca de 5,5%.
Analistas apontam desafios
No entanto, os analistas apontam que a meta de crescimento da China em 2024 será mais desafiadora devido à ausência do efeito base favorável de 2022, que foi fortemente impactado pela Covid-19. A economia chinesa, ainda dependente de investimentos impulsionados pelo crédito e liderados pelo Estado, enfrenta uma desaceleração evidente, excluindo os anos da pandemia.
Diante da crise imobiliária, deflação aprofundada, instabilidade no mercado de ações e crescente endividamento dos governos locais, a China se depara com significativos desafios. Analistas sugerem que pode ser necessário reajustar as expectativas de crescimento anual, dada a complexidade do cenário econômico atual. Este contexto deixa claro que a nação asiática deve seguir com cautela para alcançar seus objetivos econômicos, enquanto ajusta suas estratégias para superar os obstáculos iminentes.
