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Receita define novas normas de tributação de ativos no exterior

Receita detalha tributação de ativos no exterior com prazo para regularização até 31 de maio.
Coleta de Imposto de Renda não atinge meta esperada pela Receita
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil).

A Receita Federal estabeleceu novas diretrizes para a tributação de investimentos feitos por brasileiros no exterior, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.180, publicada nesta quarta-feira (13) no Diário Oficial. As novas regras, que entram em vigor imediatamente, visam regularizar a situação fiscal de ativos mantidos por pessoas físicas fora do Brasil, incentivando a declaração voluntária desses bens e direitos.

Dentre as principais alterações, destaca-se a possibilidade de regularização dos ativos no exterior com a alíquota de imposto de renda reduzida de 15% para 8%, uma oportunidade que estará disponível entre 15 de março e 31 de maio. Para facilitar o processo, será disponibilizado um programa eletrônico, o Atualização de Bens e Direitos no Exterior (Abex), assemelhando-se ao programa utilizado em 2016, a Declaração de Regularização Cambial e Tributária (Dercat).

Um ponto de atenção na nova regulamentação é a definição de como serão tributados os ativos virtuais, que apenas sofrerão incidência fiscal quando representarem ativos financeiros. Além disso, movimentações financeiras entre controladas diretas e indiretas, incluindo devoluções de capital, não terão impactos tributários.

No que diz respeito à tributação de apólices de seguro, a IN traz distinções importantes. As apólices que funcionam como agregadoras de investimentos, nas quais a pessoa física tem autonomia para decidir as aplicações, serão consideradas como entidades controladas e terão seus lucros tributados anualmente. Já as apólices de mercado seguirão o regime de tributação de aplicações financeiras comuns.

Outro ponto relevante é a possibilidade de crédito do imposto pago no exterior em nome das offshores sob regime de transparência fiscal, além da flexibilidade para a adesão à atualização e transparência fiscal separadamente para cada controlada direta ou indireta.

As novas regras buscam simplificar o planejamento sucessório e proteger os contribuintes contra futuras alterações legislativas que possam elevar a alíquota de tributação. Uma fonte da área econômica ressaltou o esforço para tornar o processo de adesão ao programa mais amigável, enfatizando a segurança jurídica e a liberdade de uso dos recursos, seja por meio de repatriação ou aquisição de bens.

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