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Plásticos contém mais químicos do que se previa

Estudo revela 16 mil substâncias químicas em plásticos, um quarto delas nocivas.
Plásticos contém mais químicos do que se previa
(Foto: Catherine Sheila/Pexels).

Um estudo financiado pelo Conselho Norueguês de Pesquisa revelou a existência de mais de 16 mil substâncias químicas em produtos plásticos, um número maior do que os cerca de 13 mil anteriormente identificados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Dentre essas, 4 mil foram classificadas como nocivas para a saúde humana e o meio ambiente, representando um quarto do total identificado.

Entre as substâncias identificadas, aproximadamente 25% foram classificadas como perigosas para a saúde humana e para o meio ambiente, conforme os critérios de avaliação utilizados pelos cientistas. Este dado ressalta a magnitude do desafio enfrentado no controle da poluição plástica e na proteção da saúde pública.

 

A pesquisa, conduzida por uma equipe de cientistas europeus, destaca a complexidade e os desafios enfrentados na luta contra a poluição plástica. Jane Muncke, coautora do estudo, ressalta a importância de abordar o ciclo de vida completo dos plásticos para combater efetivamente a poluição. Ela adverte sobre os riscos associados à contaminação da água e dos alimentos por essas substâncias, que podem causar desde problemas de fertilidade a doenças cardiovasculares.

Além disso, Martin Wagner, toxicologista ambiental e autor principal, chama atenção para a necessidade de maior transparência e regulamentação das substâncias químicas utilizadas nos plásticos, incluindo os reciclados. A indústria plástica enfrenta o desafio de não apenas promover a reciclagem e a reutilização mas também de garantir a segurança dos materiais produzidos.

Com cerca de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos produzidos anualmente, o relatório surge em um momento crítico, à medida que negociadores globais trabalham na elaboração do primeiro tratado mundial para enfrentar a poluição plástica. Este estudo sublinha a urgência de ações coordenadas para proteger a saúde pública e o meio ambiente, destacando a complexidade do problema e a necessidade de uma abordagem abrangente para lidar com as substâncias químicas em plásticos.

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