O mercado mundial enfrentou um dia de tensão, refletido no fechamento do dólar no maior nível em quase seis meses, enquanto a bolsa de valores registrou queda, acumulando perdas na semana.
O dólar comercial encerrou na última sexta-feira (5) cotado a R$ 5,065, com aumento de R$ 0,024 (+0,29%). Apesar de começar o dia em baixa, chegando a R$ 5,03 nos primeiros minutos de negociação, a moeda disparou após a divulgação de dados do mercado de emprego nos Estados Unidos. Então, atingiu a máxima do dia em torno de R$ 5,07.
Com o desempenho, o dólar alcançou o maior nível desde 13 de outubro do ano anterior. Uma alta de 0,99% na semana, logo, a quinta semana consecutiva de ganhos, e acumulando valorização de 4,37% em 2024.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou em 126.795 pontos, apresentando uma queda de 0,5%. No acumulado do ano, a bolsa de valores recuou 5,51%, tendo registrado alta apenas na terça (2) e quinta-feira (4) da semana, com quedas na segunda (1º), quarta (3) e sexta-feira.
Nos últimos dias, os mercados financeiros mundiais têm enfrentado momentos de tensão, especialmente com a divulgação de dados que indicam o fortalecimento da economia norte-americana. Nesta sexta-feira, as autoridades anunciaram a criação de 303 mil empregos nos Estados Unidos em março, superando as expectativas.
O bom desempenho da maior economia do mundo aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) adiar a redução dos juros básicos para julho. Taxas elevadas em economias desenvolvidas tendem a incentivar a saída de capitais de economias emergentes, como o Brasil, exercendo pressão sobre o dólar e a bolsa.