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Novas decisões do Fed irão impactar o Brasil: mercado em vigilância

O Federal Reserve deve manter os juros inalterados, mas o discurso de Powell será observado para pistas sobre os próximos passos.
Decisões do Fed e seu impacto no Brasil: mercado em vigilância
Marriner S. Eccles Federal Reserve Board Building (Foto: Reprodução/Wikipédia).

nA política monetária dos Estados Unidos está em destaque enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Federal Reserve, o banco central americano, reúne-se para definir o rumo da taxa de juros do país. O mercado financeiro global aguarda com ansiedade a decisão e, principalmente, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que pode fornecer insights sobre os próximos passos.

Expectativas de estabilidade

Analistas esperam que o Fed mantenha a taxa de juros inalterada na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, o maior patamar em mais de 20 anos. Mesmo com a manutenção, os mercados permanecem sensíveis ao discurso de Powell, especialmente sobre a condução futura da política monetária. A fala dele pode influenciar o comportamento do dólar e de ativos de risco no Brasil.

 

Hoje é feriado no Brasil, com mercados fechados, mas os investidores estarão atentos aos desdobramentos internacionais. O discurso de Powell tem potencial para indicar a continuidade de uma política monetária rígida ou uma mudança de rumo, que poderia fortalecer ou enfraquecer o dólar em relação ao real.

Efeito no Brasil

Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, destaca que uma postura mais rigorosa do Federal Reserve poderia manter o dólar em alta e desvalorizar o Ibovespa:

— Os juros altos nos Estados Unidos tornam o mercado americano mais atrativo, resultando na migração de investimentos de mercados emergentes para lá.

Ela ressalta que, embora a taxa de juros no Brasil seja alta atualmente, a estabilidade americana faz os títulos do Fed parecerem mais seguros.

A tendência é que o dólar continue sua trajetória de alta, acumulando já 7,01% no ano, fechando em R$ 5,19 na terça-feira. O Ibovespa, por sua vez, caiu 6,08% nos últimos quatro meses.

Cenário incerto

Diego Costa, diretor de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio, aponta que a condução do Fed tem frustrado expectativas:

— Esperava-se que o Fed assumisse uma postura dovish, mas a resiliência econômica dos EUA e a cautela do Fed reverteram essa tendência.

No início do ano, esperava-se que o Fed começasse a diminuir a taxa de juros em 2024, favorecendo ativos de risco e mercados emergentes. No entanto, dados recentes de inflação e atividade econômica acima do esperado aumentaram a incerteza.

— A valorização do dólar e a perspectiva de uma redução dos juros mais distante têm gerado uma postura mais cautelosa nos investidores — conclui Costa.

Essa incerteza deve manter os olhos do mercado brasileiro focados nas decisões do Fed e nas implicações para os ativos de risco e o câmbio.

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