A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), liderada por Benjamin Steinbruch, anunciou que entrou em um período de negociações exclusivas para adquirir as operações da InterCement no Brasil e Argentina. A fase de exclusividade, que vai até o dia 12 de julho, coloca a CSN como potencial compradora de uma das principais concorrentes no setor de cimento.
Contexto das negociações
A InterCement, que possui uma dívida de aproximadamente R$ 9 bilhões, está sob o controle da holding Mover, anteriormente conhecida como Camargo Corrêa. A dívida está distribuída entre a própria cimenteira e a holding. As negociações incluem a gestão dessa dívida, com a CSN potencialmente assumindo uma parte como cláusula do acordo.
Participe do nosso canal no WhatsApp e fique sempre atualizado!! Entre AQUI: https://chat.whatsapp.com/F9RHuEDvoA94uXNAZ7LDRm
CSN negocia compra da InterCement: potencial impacto no mercado
A aquisição poderia alterar o cenário competitivo no mercado brasileiro de cimento, onde a InterCement atualmente detém 15,5% de participação, posicionando-se como a segunda maior produtora, atrás apenas da Votorantim Cimentos, que lidera com um terço do mercado (e que também se interessou em comprar a InterCement). A CSN, que se tornou a terceira maior após adquirir os ativos da LafargeHolcim em 2021, poderia fortalecer sua posição no setor.
Detalhes da operação proposta
A CSN planeja adquirir 100% do capital social da InterCement, o que também lhe daria controle sobre a Loma Negra, uma das maiores cimenteiras da Argentina. Se a aquisição for concluída, a CSN não apenas expandiria sua presença no mercado brasileiro mas também fortaleceria sua posição na América do Sul.
Reações do mercado e assessoria
A CSN e a InterCement estão sendo assessoradas pelo BTG Pactual e pelo Morgan Stanley, respectivamente. A notícia da exclusividade gerou discussões no mercado sobre o futuro da InterCement e o fortalecimento potencial da CSN no competitivo setor de cimentos.
Considerações regulatórias
Qualquer acordo entre a CSN e a InterCement precisará da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), dada a participação de mercado que a nova entidade combinada representaria. A CSN tem histórico de passar pelo crivo do Cade sem a necessidade de remédios antitruste, como visto na aquisição da LafargeHolcim.
Conclusão das negociações
Enquanto a CSN tem até 12 de julho para concluir as negociações, a empresa enfatizou que ainda não foram assinados documentos vinculativos que estabeleçam um compromisso firme para a realização da transação. A CSN mantém o mercado informado sobre o progresso das negociações e potenciais desenvolvimentos.