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Não só TikTok: por que EUA e China apertam cerco contra big techs

Medidas afetam grandes nomes como TikTok e Huawei

Não só TikTok: por que EUA e China apertam cerco contra big techs
(Foto: Solen Feyissa/Unsplash).
Não só TikTok: por que EUA e China apertam cerco contra big techs
(Foto: Solen Feyissa/Unsplash).

As tensões entre os Estados Unidos e a China, representadas pelas medidas restritivas impostas a empresas tecnológicas, destacam-se na atualidade geopolítica. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou uma legislação que aumenta o controle sobre a operação americana do TikTok, propriedade da ByteDance. Esta decisão destaca a possibilidade de proibição do aplicativo caso não ocorra a venda, citando riscos à segurança nacional. O TikTok, com 150 milhões de usuários nos EUA, é apenas um dos alvos nesse contexto de escrutínio intensificado.

 

Além do TikTok, a Huawei, gigante chinesa de tecnologia, continua enfrentando barreiras nos Estados Unidos. A empresa é objeto de restrições desde 2019, com o governo americano alegando que seus equipamentos de telecomunicações poderiam ser utilizados para espionagem. Essas preocupações refletem o temor de vazamento de informações sensíveis para o governo chinês.

A resposta da China a essas medidas inclui restrições aos produtos tecnológicos americanos. Funcionários públicos chineses têm proibido o uso de iPhones e computadores oficiais do governo não devem incluir chips fabricados pelas empresas americanas Intel e AMD. A China também restringe o acesso a plataformas sociais e sites ocidentais como Facebook, Google, Instagram e YouTube, controlando estritamente o fluxo de informações dentro de suas fronteiras.

 

Essa guerra fria tecnológica não se limita ao TikTok e à Huawei. Outras empresas de tecnologia enfrentam impasses semelhantes. Por exemplo, o Facebook e o Google, proibidos na China, ilustram como a guerra de informações e o controle de dados são aspectos centrais das estratégias nacionais de segurança.

Globalmente, países como Grã-Bretanha, Austrália, Canadá, e membros da União Europeia têm implementado restrições semelhantes. Esses países proibiram o uso do TikTok em dispositivos governamentais, refletindo uma preocupação comum com a segurança dos dados dos usuários e a possível influência estrangeira. As regulamentações se estendem à preocupação de que a China possa usar o TikTok para disseminar desinformação, um tema que se tornou particularmente sensível nos Estados Unidos durante conflitos internacionais recentes.

Nos EUA, o debate sobre a proibição do TikTok inicialmente inclinava-se para uma proibição total, mas recentemente, a discussão tem focado na venda da operação para entidades não chinesas. Em agosto de 2022, o TikTok tentou mitigar as preocupações ao apresentar uma proposta detalhada sobre suas operações nos EUA, enfatizando esforços para desvincular-se de influências do governo chinês.

Essas medidas refletem a crescente preocupação global com o poder e o impacto das grandes empresas de tecnologia na segurança nacional, na privacidade dos dados e na integridade das democracias. As ações dos governos em restringir ou regular essas empresas são um testemunho das complexidades que surgem na interseção da tecnologia, política e segurança global.

M Dias Brancoconteúdo patrocinado