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Por que Anglo American rejeitou nova oferta de compra da BHP?

Anglo American rejeita oferta de US$ 42,67 bilhões da BHP
Oferta de compra da BHP é recusada pela AngloAmerican. (Imagem: Divulgação/AngloAmerican)
Oferta de compra da BHP é recusada pela AngloAmerican. (Imagem: Divulgação/AngloAmerican)

A Anglo American recusou novamente uma oferta de aquisição da BHP, desta vez no valor de 34 bilhões de libras (US$ 42,67 bilhões). Na última segunda (13), a maior mineradora listada do mundo anunciou que a proposta revisada “continua a subestimar significativamente” a empresa.

Histórico das propostas

Em 25 de abril, a BHP fez uma proposta inicial de US$ 39 bilhões, que foi considerada oportunista e insuficiente pela Anglo American. Em 7 de maio, a BHP elevou a oferta para US$ 42,6 bilhões, representando um aumento de 15%. A nova proposta avaliou a Anglo American em 27,53 euros por ação, contra os 25 euros por ação da oferta original. Mike Henry, diretor executivo da BHP, argumentou que a nova oferta aumentaria a participação dos acionistas da Anglo na empresa resultante da fusão para 16,6%, em comparação com 14,8% da primeira oferta.

 Oferta de compra da BHP: motivos da rejeição

  1. Subvalorização da empresa: Stuart Chambers, presidente do conselho da Anglo American, afirmou que a oferta “não reconhece o valor inerente à Anglo American”. A empresa considera que a proposta subvaloriza significativamente suas perspectivas futuras e seu potencial de crescimento.
  2. Riscos de execução: A Anglo também apontou a complexidade e os riscos de execução do negócio como fatores decisivos para a rejeição. A estrutura da oferta foi considerada “extremamente pouco atraente” para os acionistas, devido à incerteza envolvida.
  3. Defesa da autonomia: Para se proteger de ofertas de aquisição, a Anglo American anunciou uma reestruturação significativa em 14 de maio. A empresa planeja desmembrar sua subsidiária de metais de platina, Anglo American Platinum, alienar a unidade de diamantes, De Beers, vender os ativos de carvão siderúrgico e explorar opções para a operação de níquel. O CEO Duncan Wanblad afirmou que a reestruturação visa criar valor adicional sustentável e reduzir custos.

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Impacto no mercado

A fusão entre a BHP e a Anglo criaria o maior produtor de cobre do mundo, um metal crucial para a descarbonização global. No entanto, a Anglo American acredita que sua estratégia de reestruturação e foco em ativos que apoiem a transição energética global é mais vantajosa a longo prazo. Cobre, ferro e nutrientes agrícolas continuarão sendo essenciais no portfólio da empresa.

Após a recusa, a BHP expressou desapontamento pela decisão da Anglo de não se envolver com a oferta de compra. A empresa ainda acredita que a fusão traria valor para todos os acionistas.

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