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JBS reverte prejuízo e registra lucro de R$ 1,65 bi no 1º trimestre

Receita da JBS sobe para R$ 89,15 bilhões em 2024

JBS reverte prejuízo e registra lucro de R$ 1,65 bi no 1º trimestre
(Foto: Divulgação/JBS).
JBS reverte prejuízo e registra lucro de R$ 1,65 bi no 1º trimestre
(Foto: Divulgação/JBS).

A JBS, gigante do setor de carnes, encerrou o primeiro trimestre de 2024 com um lucro líquido de R$ 1,65 bilhão. Este resultado positivo contrasta com o prejuízo de R$ 1,45 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. A recuperação veio após um 2023 marcado por suspensões temporárias de exportações para a China e margens reduzidas nos Estados Unidos.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado (Ebitda) da JBS saltou 197,3%, atingindo R$ 6,4 bilhões. CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, comentou sobre os desafios enfrentados e a capacidade de adaptação da empresa. “Mesmo com um ciclo desafiador para o gado nos EUA, estamos entregando esse Ebitda”, explicou Tomazoni. Ele também projetou uma estabilização nos preços dos grãos, que pode favorecer a redução de custos futuros.

A empresa observou um aumento de 2,8% em sua receita líquida, alcançando R$ 89,15 bilhões. Esse crescimento ocorreu apesar da queda nos preços das carnes, com 76% das vendas realizadas nos mercados domésticos e 24% via exportações.

 

As unidades de negócios da JBS mostraram desempenho positivo, com exceção da JBS Beef North America, ainda afetada por um ciclo desfavorável de pecuária nos EUA. No entanto, os negócios de aves e suínos, especialmente no Brasil e nos EUA, beneficiaram-se da queda nos custos dos grãos.

A despesa financeira da dívida líquida da JBS caiu 1,1%, para R$ 1,352 bilhão. O fluxo de caixa das atividades operacionais foi positivo em R$ 122 milhões, comparado ao consumo de caixa de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O fluxo de caixa livre mostrou uma melhora de 54%, embora ainda negativo em R$ 3,1 bilhões.

A JBS Beef North America continuou a liderar a receita líquida da companhia, com R$ 27,643 bilhões. Seguida pela Pilgrim’s Pride nos EUA, com foco em aves e processados, e a JBS Brasil, que teve um aumento de 16,7% em sua receita, para R$ 14,234 bilhões.

No segmento de aves e suínos, a unidade Seara apresentou um Ebitda ajustado de R$ 1,19 bilhão, um aumento expressivo de 711,1% em relação ao ano anterior. Tomazoni destacou o foco da gestão na produtividade e eficiência, resultando em uma redução acentuada nos custos de produção.

A margem da JBS USA Pork aumentou 13,9 pontos percentuais, alcançando 16,4%, com um Ebitda ajustado que cresceu 569,8%, para R$ 1,55 bilhão. Por outro lado, a JBS Beef North America enfrentou um Ebitda ajustado negativo, refletindo as dificuldades contínuas no mercado de carne bovina nos EUA.

Em resposta aos desafios sazonais, Tomazoni ressaltou a possibilidade de um ano forte pela frente, com a expectativa de terminar 2024 com uma alavancagem de 2,5 vezes, uma melhora substancial em relação à alavancagem de 3,7 vezes observada no primeiro trimestre.