A Telefônica Brasil (VIVT3), conhecida pelo nome fantasia Vivo, anunciou nesta sexta-feira (24/05) um acordo com diversas entidades governamentais e reguladoras. O acordo trata da adaptação de contratos do Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC) para um regime de autorização. A companhia opera no Brasil desde 1998, após adquirir companhias regionais na privatização do Sistema Telebrás. Com esse entendimento, a Telefônica Brasil encerra processos administrativos e judiciais em andamento.
Entendimento alcançado
Termos do acordo
A proposta prevê a adaptação do regime de concessão do STFC para autorização, garantindo a manutenção do serviço de telefonia fixa em determinadas localidades até 2028. Além disso, a Telefônica Brasil desistirá do procedimento arbitral movido contra a Anatel. A empresa assumirá compromissos voltados ao interesse público, a serem realizados em até 10 anos.
Aprovações necessárias
Os termos e condições do acordo ainda dependem da obtenção das aprovações necessárias, incluindo a avaliação pelo Plenário do Tribunal de Contas da União e a aprovação da administração da Telefônica Brasil.
Impacto na bolsa de valores
Na bolsa de valores, as ações da Telefônica Brasil se mantiveram estáveis, cotadas a R$ 45,90, mesmo após o anúncio do acordo. No acumulado do ano, as ações registram uma queda de -11,93%.
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Histórico da Telefônica Brasil
A Telefônica Brasil, subsidiária do Grupo Telefónica no Brasil, começou a operar no país em 1996 com o consórcio Tele Brasil Sul (TBS). Em 1998, o grupo espanhol adquiriu a Telesp por R$ 5,78 bilhões, um ágio de 64% sobre o preço mínimo estipulado, na esteira da privatização do Sistema Telebrás.
Aquisições e expansões
Investimentos e inovação
A Telefônica Brasil tem investido continuamente em inovação e infraestrutura, lançando serviços como o Speedy em 1999 e a operadora de TV por assinatura via satélite, Telefônica TV Digital, em 2007. Em 2017, adquiriu a Terra Networks por R$ 250 milhões, ampliando sua oferta de serviços digitais.
Com o novo acordo, a Telefônica Brasil garante a continuidade dos serviços de telefonia fixa e assume compromissos significativos com o interesse público, alinhando-se às expectativas crescentes de privacidade e segurança na era digital.