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Brasil perde mercado na Argentina: veja os setores mais afetados

Exportações brasileiras caem 29,9% no primeiro quadrimestre

Queda nas exportações brasileiras para a Argentina. (Foto: Vox España/Wikimedia Commons)
Queda nas exportações brasileiras para a Argentina. (Foto: Vox España/Wikimedia Commons)Queda nas exportações brasileiras para a Argentina. (Foto: Vox España/Wikimedia Commons)
Queda nas exportações brasileiras para a Argentina. (Foto: Vox España/Wikimedia Commons)
Queda nas exportações brasileiras para a Argentina. (Foto: Vox España/Wikimedia Commons)Queda nas exportações brasileiras para a Argentina. (Foto: Vox España/Wikimedia Commons)

Recentemente, a Argentina diminuiu a compra de produtos brasileiros, contando com uma colheita robusta de soja e sob os efeitos do ajuste promovido pelo governo de Javier Milei. Para esse ano, o governo Milei conta com a safra para ajudar na entrada de dólares.

Queda nas exportações

De janeiro a abril, as exportações para a Argentina caíram 29,9% em comparação com o mesmo período de 2023, totalizando US$ 3,91 bilhões (R$ 20,1 bilhões). Com isso, a retração é atribuída à colheita robusta de soja na Argentina e às medidas do governo federal, que estão produzindo a maior recessão da América Latina neste ano.

Redução das vendas de soja

Nesse sentido, as vendas de soja do Brasil para a Argentina diminuíram em US$ 1,66 bilhão (R$ 8,54 bilhões) no primeiro quadrimestre, representando 28% da redução total das exportações. Entretanto, no ano passado, devido a uma severa seca, a Argentina aumentou a compra de soja brasileira.

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Impacto na indústria brasileira

A partir desse cenário, diversos setores da indústria brasileira foram afetados pela redução nas exportações. Nesse sentido, as vendas de partes e acessórios de veículos caíram 25%, de automóveis de passageiros 22,1%, de papel e cartão 33,6% e de motores de pistão 23,9%.

Além disso, a indústria local também reflete a queda das importações. Em março, o segmento manufatureiro registrou redução de 21,2%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Destacam-se negativamente os segmentos de máquinas e equipamentos (perda de 37,9%) e produtos minerais e metálicos (queda de 35,8%). Por fim, o setor de calçados no Brasil sofreu uma queda de 39,2% no volume e 24,9% na receita das exportações para a Argentina.

Análise dos especialistas

Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), explicou que, além das medidas de ajuste econômico para controlar a inflação e obter ajuda do FMI, a desvalorização de 54% do peso argentino aumentou o custo das importações, impactando o comércio entre os países.

Analogamente, José Augusto de Castro, presidente da AEB, fez um prognóstico negativo sobre o futuro das relações comerciais entre Brasil e Argentina. Segundo ele, “se a Argentina se recuperar da grave crise econômica que atinge o país, ninguém garante que ela vai se voltar para o Brasil”.

Dados oficiais e tendências

Os dados sobre a Argentina são do Comex Stat, do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Além disso, a Coninagro divulgou um relatório mostrando que a venda de grãos de soja na Argentina está no nível mais baixo dos últimos 6 anos. Em meados de maio, o Brasil vendeu apenas 34% da produção de soja da safra.

O mercado argentino é, portanto, especialmente importante para a indústria brasileira, que tem no país vizinho um cliente de seus produtos manufaturados. O ajuste imposto pelo novo governo tem afetado essas compras.

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