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Desastres no RS prejudicam cálculos inflacionários com base em preços do IBGE

Investidores monitoram de perto os dados do índice PCE dos EUA, principal indicador de inflação do Fed, com divulgação agendada para esta sexta-feira.
Desastres no RS prejudicam cálculos inflacionários com base em preços do IBGE
(Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias).

Os temporais e consequentes desastres no Rio Grande do Sul impactaram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na coleta de preços essenciais para o cálculo da inflação. O cenário adverso afetou o levantamento dos dados para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial.

Medidas emergenciais de coleta

“Em razão da situação de calamidade pública na região metropolitana de Porto Alegre, área de abrangência da pesquisa, a coleta de preços na modalidade remota foi intensificada, permanecendo, também, a coleta em modo presencial quando possível. Em maio, aproximadamente 30% da coleta foi realizada durante a situação emergencial de modo remoto, por telefone ou internet, em vez do modo presencial”, detalhou o IBGE.

Resultados do IPCA-15

Em maio, o IPCA-15 apresentou uma variação de 0,44%, e, como resultado, o acumulado dos últimos 12 meses alcançou 3,70%. Este índice reflete as variações de preços de uma ampla gama de produtos e serviços. Eles são consumidos por famílias com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos.

 

Imputação de preços

A coleta remota não foi possível para todos os subitens, especialmente hortaliças e verduras. Nesses casos, o IBGE teve que imputar os preços. A imputação é um procedimento técnico que consiste em atribuir preços baseando-se no comportamento de produtos similares. Além disso, o instituto descreve esse método no Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Política de não revisão

De acordo com o IBGE, apesar dos obstáculos na coleta de informações, os dados divulgados não sofrerão revisões futuras. Essa política visa manter a integridade e a segurança jurídica dos contratos que usam esses índices como parâmetro para correção monetária. Esses índices incluem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além do próprio IPCA-15 e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E).

Em outras palavras, essa situação evidencia os desafios e a complexidade das operações estatísticas em condições climáticas adversas. Além disso, ela destaca a importância da flexibilidade e adaptação nos métodos de coleta de dados econômicos essenciais para o país.

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