A eleição de Claudia Sheinbaum como presidente do México e as vitórias do partido governista no Congresso geraram preocupações no mercado, entre eles o Dólar. Investidores temem desequilíbrios fiscais sob a nova liderança, resultando em uma fuga do peso mexicano, que despencou mais de 3% na tarde de segunda-feira. Então, parte dos recursos foi realocada em outras moedas, como o peso chileno e o real, que se valorizaram.
Os dados econômicos dos Estados Unidos também contribuíram para a movimentação do mercado cambial. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de manufatura, divulgado pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), caiu de 49,2 em abril para 48,7 em maio, marcando o segundo mês consecutivo de contração. Assim, a leitura abaixo de 50 sinaliza uma retração no setor, superando a previsão de economistas de 49,6.
Movimentação do Dólar no Brasil
Com esses dados, a expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve em 2024 aumentou, fazendo as taxas dos Treasuries e o valor do dólar recuarem no mercado internacional. No Brasil, o dólar à vista caiu 0,30%, fechando a R$ 5,233 na compra e R$ 5,234 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento teve uma queda de 0,09%, registrando 5.256 pontos.
Além disso, o Banco Central brasileiro vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional oferecidos para rolagem dos vencimentos de agosto, contribuindo para a pressão de baixa sobre a moeda americana.
Portanto, o dólar apresentou uma baixa firme frente a moedas fortes e outras divisas ao redor do mundo, com os investidores refletindo sobre os dados do PMI dos EUA e aguardando novos indicadores, especialmente o relatório de empregos (payroll) dos EUA, previsto para sexta-feira.
- Dólar comercial
- Compra: R$ 5,233
- Venda: R$ 5,234
- Dólar turismo
- Compra: R$ 5,252
- Venda: R$ 5,432
Perspectivas para o real
A conjuntura atual, marcada pela eleição mexicana e pelos dados econômicos norte-americanos, favorece o real no curto prazo. Assim, a forte queda do peso mexicano pode beneficiar o real, principalmente se persistirem as incertezas fiscais no México.
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