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Zelensky pede bilhões para reconstruir a Ucrânia

Conferência em Berlim busca recursos para a recuperação do país

Conferência em Berlim busca apoio à Ucrânia. (Foto: Ukraine Government/Wikimedia Commons)
Conferência em Berlim busca apoio à Ucrânia. (Foto: Ukraine Government/Wikimedia Commons)
Conferência em Berlim busca apoio à Ucrânia. (Foto: Ukraine Government/Wikimedia Commons)
Conferência em Berlim busca apoio à Ucrânia. (Foto: Ukraine Government/Wikimedia Commons)

A Ucrânia e seus aliados intensificaram esforços para garantir apoio na proteção das cidades ucranianas contra ataques russos durante uma conferência realizada hoje (11) em Berlim. Além disso, pediram às empresas internacionais que confiassem e investissem bilhões de dólares na reconstrução do país após a guerra.

Conferência em Berlim e apoio internacional à Ucrânia

Na conferência, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz, destacou a destruição causada pela Rússia, mencionando que a infraestrutura de energia ucraniana, suficiente para abastecer cidades como Berlim e Munique, foi severamente afetada. Zelensky esperava assegurar promessas de bilhões de euros para defesa e um novo sistema de energia mais moderno.

Scholz mencionou que a Ucrânia precisaria de cerca de US$ 500 bilhões ao longo de uma década para sua reconstrução, segundo estimativas do Banco Mundial. Ele ressaltou o potencial da Ucrânia em setores como energias renováveis, TI e produtos farmacêuticos, e afirmou que a Alemanha enviaria mais sistemas de defesa aérea para reforçar a defesa contra os ataques russos.

Desafios e diplomacia

Apesar dos esforços, a conferência foi marcada pela demissão de um alto funcionário da reconstrução ucraniana, que citou “obstáculos sistêmicos” como insustentáveis. A enviada especial dos EUA, Penny Pritzker, enfatizou a necessidade de combater a corrupção e melhorar a administração para garantir que os compromissos de reconstrução sejam cumpridos de forma eficiente.

A campanha de bombardeios aéreos pela Rússia causou danos à capacidade de geração de energia da Ucrânia, forçando apagões programados em várias regiões. Zelensky destacou a urgência de soluções para o setor energético ucraniano, mencionando planos para construir 1 gigawatt de geração de energia a gás este ano e mais 4 GW nos próximos anos.

Conferência na Suíça e apoio europeu

Além da conferência em Berlim, a Suíça sediará um evento internacional focado na paz na Ucrânia. No entanto, a conferência foi boicotada pela China e desconsiderada pela Rússia, que não foi convidada. Zelensky ressaltou a importância de manter o apoio internacional à Ucrânia e evitar que a Rússia tome a iniciativa.

Durante o evento em Berlim, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou acordos com bancos no valor de 1,4 bilhão de euros para atrair investimentos privados. Ela também mencionou a entrega de 1,9 bilhão de euros pela UE à Ucrânia até o final do mês. Além disso, mencionou o uso de receitas de juros de ativos russos congelados para ajudar na reconstrução.

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Apoio militar e assistência da Itália

Além disso, o governo italiano, representado pelo vice-premiê Antonio Tajani, anunciou um pacote de 140 milhões de euros para auxiliar a Ucrânia em áreas como infraestrutura, saúde, agricultura e mineração. Tajani destacou a importância de reconstruir a Catedral de Odessa, um patrimônio mundial da Unesco.

A Itália também está preparando um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia, incluindo o sistema de defesa aérea Samp-T. Este sistema serve para proteger as infraestruturas e edifícios ucranianos dos ataques aéreos russos.

Zelensky e a Reunião do G7

Por fim, Zelensky e Scholz participarão de uma cúpula do Grupo das Sete maiores potências ocidentais na Itália. Lá, discutirão a nova assistência de defesa e a expansão do sistema de defesa aérea ucraniano. Zelensky enfatizou a necessidade de soluções urgentes para o setor energético ucraniano diante do “terrorismo aéreo” russo.

No início do conflito, o governo alemão hesitou em fornecer armas pesadas à Ucrânia. No entanto, atualmente é um dos maiores fornecedores de ajuda militar e financeira, atrás apenas dos EUA. Scholz, no entanto, descartou o envio de tropas da Otan para a Ucrânia, uma proposta defendida pelo presidente francês Emmanuel Macron.