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Sinistros de veículos no Rio Grande do Sul batem recorde com enchentes

Sinistros de veículos no RS atingem quase 20 mil após enchentes. Setor de seguros enfrenta ressarcimentos recordes, totalizando R$ 3,9 bilhões.
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Sinistros de veículos no Rio Grande do Sul batem recorde com enchentes (Imagem: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)

O Rio Grande do Sul enfrenta uma das maiores tragédias da história, com 177 mortes e 37 desaparecidos após as enchentes devastadoras. A situação no estado se reflete no setor de seguros, onde os sinistros de veículos atingiram quase 20 mil pedidos, o maior número já registrado. A Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) informou que os pedidos de ressarcimento para apólices de seguro automotivo somam R$ 1,3 bilhão, de um total de R$ 3,9 bilhões em todos os tipos de apólices.

Segundo o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, o número de sinistros deve continuar crescendo com as chuvas que estão novamente atingindo as cidades do Rio Grande do Sul. “A cota de inundação do Lago Guaíba está aumentando e a situação ainda não melhorou no estado“, comentou.

O balanço mais recente da CNSeg, divulgado em 19 de junho, mostra que a quantidade de sinistros saltou de 23.441, em maio, para 48.870, representando um aumento de 108%. Então, o aumento ocorre porque muitas solicitações de indenização ainda não foram reportadas no balanço anterior.

Setores mais afetados

O setor habitacional e residencial registrou 22.673 pedidos de indenização, totalizando R$ 524 milhões, um aumento em relação aos R$ 239 milhões registrados em maio. No setor rural, os sinistros passaram de 993 para 2.215, totalizando R$ 181 milhões, um aumento de 284%.

No setor automotivo, o número de veículos danificados aumentou para 19.067, com ressarcimentos que somam R$ 1,2 bilhão. Em maio, registraram-se 8.216 veículos danificados, totalizando R$ 557,4 milhões, o que representa um aumento de 132%.

Desafios para o setor de seguros

Dyogo Oliveira alertou que a contratação de seguros de veículos deve diminuir devido à dificuldade de operação na região. “Haverá uma redução na contratação de seguro nesse momento, pois há muita dificuldade de operação na região. Contudo, fica o alerta para a população contratar um seguro sempre que puder“, afirmou.

Para acionar o seguro, é necessário registrar o sinistro pelos canais de atendimento ao segurado (telefone ou WhatsApp) dentro de 30 dias após o ocorrido. É essencial verificar se o seguro cobre riscos de causas naturais, como enchentes, o que é comum em mais de 95% das apólices de veículos.

Os primeiros sinais de alagamento no RS ocorreram em 28 de abril, com consequências fatais nos dias seguintes. Muitos residentes perderam documentos essenciais, dificultando a abertura de pedidos de indenização dentro do prazo de 30 dias. No entanto, para diminuir esses problemas, muitas seguradoras estão agilizando o processo de ressarcimento e reduzindo a burocracia.

Expectativas futuras

O Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) estima que a frota do Rio Grande do Sul, entre leves e pesados, é de 2,8 milhões de veículos, com apenas 30% dos consumidores contratando seguro. Com base nesses dados, aproximadamente 840 mil automóveis estão segurados no estado. Sendo assim, considerando que as enchentes afetaram 10% desses veículos, o número de carros danificados pode chegar a 84 mil, superando os 19 mil registrados.

Além dos seguros de clientes, as seguradoras também possuem resseguradoras para proteger as operações em momentos de crise. “O resseguro é contratado para que as seguradoras fiquem menos expostas a esses tipos de eventos. Isso é muito saudável para o mercado de seguros no Brasil e muitos estão contratando resseguradoras“, explicou Dyogo Oliveira.

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