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Expansão: Eneva mira leilão com projetos ambiciosos

Foco é em gás natural e termelétricas

Entenda os planos de expansão da Eneva. (Foto: Divulgação/Petrosolgas)
Entenda os planos de expansão da Eneva. (Foto: Divulgação/Petrosolgas)
Entenda os planos de expansão da Eneva. (Foto: Divulgação/Petrosolgas)
Entenda os planos de expansão da Eneva. (Foto: Divulgação/Petrosolgas)

A Eneva, uma empresa de energia focada em gás natural, está se preparando para aumentar suas operações. No leilão de reserva de capacidade, agendado para 30 de agosto, a empresa planeja incluir a expansão da termelétrica Porto do Sergipe, com capacidade de 1,6 gigawatts (GW), além de duas outras usinas já em operação. Este leilão é uma oportunidade para que usinas com contratos de energia próximos ao vencimento possam negociar novos acordos de longo prazo, garantindo uma receita estável.

Além disso, a Eneva se destaca como uma potencial líder de consolidação entre petroleiras independentes. Isso acontece especialmente após a fusão entre Enauta e 3R. No entanto, o presidente Lino Cançado enfatiza que a empresa busca aquisições que tragam retorno esperado sem assumir riscos desproporcionais. A estratégia da Eneva é focada em aumentar o acesso ao gás natural. Além disso, a empresa almeja investir em projetos que ofereçam retorno ajustado ao risco.

Porto do Sergipe e a estratégia de expansão da Eneva

O projeto de expansão da Porto do Sergipe será implementado caso a Eneva vença a licitação. Segundo Cançado, a usina possui licenciamento ambiental para adicionar até 3,2 GW de capacidade de forma modular. Adquirida em 2022 por R$ 6,1 bilhões, a usina é movida a gás natural liquefeito (GNL) e possui uma infraestrutura robusta. Isso inclui um navio com capacidade de fornecer até 21 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) de GNL.

O gás natural é fundamental para a Eneva, com atividades que abrangem a exploração, produção, comercialização e geração de energia. A empresa possui campos de gás no Maranhão (Bacia do Parnaíba) e Amazonas (Amazonas e Solimões). Além disso, coordena novas áreas na Bacia do Paraná, adquiridas em 2023. Estes campos são essenciais para abastecer as termelétricas do grupo.

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Participação do BTG Pactual

Por outro lado, o BTG Pactual tem aumentado sua participação na Eneva, elevando sua fatia de 10% para 15% através do Partners Alpha, um veículo de investimento do banco. Com outros 22% do capital investidos diretamente pelo banco, o BTG agora controla 37% das ações da Eneva. Essa posição reduz o free float da empresa e influencia suas estratégias de consolidação no setor de energia.

Recentemente, a Eneva assinou um contrato de R$ 1,2 bilhão para fornecer gás natural à usina termelétrica da Linhares Geração, com início de entrega previsto para julho de 2026. Este contrato, que prevê volumes de até 1,07 milhão de metros cúbicos por dia de gás, faz parte de uma estratégia para maximizar o valor do hub de Sergipe.

Desafios e oportunidades na Bacia do Amazonas

Apesar dos avanços, a expansão da Eneva enfrenta desafios na Bacia do Amazonas, pois a Justiça Federal proibiu a exploração de petróleo e gás até consultar as comunidades indígenas e tradicionais. A decisão afeta diretamente os blocos arrematados pela empresa, ressaltando a importância da segurança jurídica e do respeito aos direitos das comunidades locais.