Barcelona, localizada na Espanha e reconhecida globalmente como um ícone turístico europeu, enfrenta a alta de preços dos imóveis, para combatê-la, a prefeitura anunciou uma política drástica que entrará em vigor em 2028, proibindo o aluguel de apartamentos para turistas. A prefeitura revogará as licenças de aproximadamente 10.101 apartamentos que estão atualmente listados em plataformas como Airbnb, para que os residentes locais possam utilizá-los permanentemente ou para que sejam colocados no mercado de venda ou aluguel convencional.
Jaume Collboni, prefeito de Barcelona, declarou em uma conferência de imprensa que a política visa responder a um aumento de 68% nos aluguéis e 38% no custo de aquisição de imóveis ao longo da última década. Estes números refletem a preferência dos proprietários por aluguéis de curta duração, que tendem a ser mais lucrativos do que contratos de longa duração.
Contexto europeu e políticas similares
O movimento de Barcelona não é isolado. Em toda a Europa, cidades que enfrentam problemas semelhantes têm adotado medidas restritivas. Lisboa, por exemplo, introduziu regulamentações para limitar os aluguéis de curto prazo e impôs taxas adicionais sobre essas transações para dissuadir a especulação imobiliária. Berlim e as Ilhas Canárias adotaram abordagens parecidas, buscando um equilíbrio entre acolher turistas e preservar a acessibilidade habitacional para os locais.
Apoio e críticas à decisão
Isabel Rodriguez, ministra da Habitação da Espanha, elogiou a medida e manifestou seu apoio através das redes sociais, destacando a importância de assegurar moradia acessível. Por outro lado, a APARTUR, associação local de apartamentos turísticos, criticou a decisão, alertando para um possível aumento nos aluguéis turísticos ilegais, o que, segundo eles, poderia exacerbear a pobreza e o desemprego.
