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Boi e porco: diferença de preços entre carnes é a menor em anos

Aumento do preço da carne suína e de frango e queda na carne bovina em junho. Saiba mais sobre as oscilações dos preços das carnes.
Boi e porco diferença de preços entre carnes é a menor em anos
(Foto: Changyoung Koh/Unsplash).

O levantamento mais recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, localizado em Piracicaba (SP), revela que os preços das carnes suína e de frango aumentaram em junho em relação a maio. Por outro lado, a carne bovina experimentou uma queda no mesmo período. A análise indica que a oferta dessas proteínas não seguiu o ritmo da demanda.

Conforme os dados coletados pelo Cepea, a carne suína apresentou um aumento mais acentuado em suas cotações. “A diferença entre o preço da carcaça especial suína e o da carcaça casada bovina é a menor desde novembro de 2020”, menciona o relatório do Cepea. Na produção de carnes, os preços do frango vivo mantiveram-se estáveis em junho, enquanto os insumos importantes, como o farelo de soja, registraram alta.

Os especialistas do Cepea indicam que a desvalorização da carne de frango está associada principalmente ao aumento do poder de compra dos consumidores. Esse aumento ocorre na primeira quinzena do mês, impulsionado pelo pagamento de salários.

Preços no mercado atacadista de São Paulo

A carne bovina é comercializada por cerca de R$ 15 o quilo. Em contrapartida, as cotações para a carne suína giram em torno de R$ 10 o quilo, e a carne de frango é vendida por aproximadamente R$ 7 o quilo.

Thiago Bernardino de Carvalho, coordenador de pecuária do Cepea, relata que a diferença de preços entre as carnes de boi e porco diminuiu, com uma média de redução de R$ 5 por quilo, e até R$ 8 na comparação com a carne de frango.

Análise da oferta de carne bovina

Segundo o Cepea, a quantidade de carne bovina disponível no mercado interno brasileiro aumentou recentemente. Entre janeiro e maio deste ano, a disponibilidade interna de carne bovina foi a maior para o período desde 2018, totalizando cerca de 2,972 milhões de toneladas. “O volume disponível no atacado nacional em maio foi de 613,54 mil toneladas, um aumento de 11,6% em relação ao mês anterior”, aponta o estudo do Cepea.

 

Este aumento na disponibilidade influenciou a queda de 10% nos preços ao consumidor no atacado paulista. “As carnes de frango e suína sobem porque oferecem preços mais competitivos em relação à carne bovina, o que leva o consumidor a optar por essas alternativas, especialmente no primeiro semestre, quando há mais despesas e tributos”, explica Thiago Bernardino de Carvalho.

Tendências de mercado e preços dos suínos

O Indicador Cepea/Esalq do quilo do suíno vivo registrou uma alta de 7,53%, fechando a R$7,14 no posto de São Paulo em 21 de junho. Em estados como Santa Catarina, o preço subiu 8,54%, fechando a R$6,48, enquanto no Rio Grande do Sul o aumento foi de 1,72%, com o indicador a R$6,49. No Paraná, o valor alcançou R$6,85, mostrando uma valorização de mais de 11% no mês.

Em suma, enquanto as carnes de frango e suína demonstram uma tendência de alta nos preços, a carne bovina mostra uma dinâmica de queda, refletindo variações na oferta e demanda dentro do mercado interno. Acompanhe mais atualizações e análises em nossas redes sociais e grupos de WhatsApp e Telegram.

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