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Comércio Brasil-Arábia Saudita: o que esperar até 2030?

Entenda o crescimento e as oportunidades no comércio Brasil-Arábia Saudita e como isso impacta os dois mercados.
Entenda a parceria entre Brasil e Arábia Saudita. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Entenda a parceria entre Brasil e Arábia Saudita. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O comércio entre Arábia Saudita e Brasil tem se destacado como uma das mais promissoras relações comerciais no Oriente Médio. Em 2023, as exportações brasileiras para a Arábia Saudita atingiram US$ 3,2 bilhões, o melhor resultado dos últimos cinco anos. No total, a balança comercial entre os dois países fechou o ano passado em US$ 6,7 bilhões, embora o Brasil tenha registrado um déficit de cerca de US$ 300 milhões.

Nos últimos cinco anos, as exportações brasileiras para a Arábia Saudita cresceram 57%, enquanto as importações de produtos sauditas aumentaram 53%, de acordo com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). As principais exportações brasileiras incluem commodities como proteína de frango, grãos e açúcar. Em contrapartida, o Brasil importa petróleo bruto, derivados petroquímicos e fertilizantes, fundamentais para o agronegócio nacional.

Parceria Brasil-Arábia Saudita: diversificação e oportunidades de mercado

A relação comercial entre os dois países está se diversificando. Além das commodities, há um interesse crescente em manufaturados, tecnologia e até mesmo aeronaves. Segundo Mohamad Mourad, vice-presidente de relações internacionais da CCAB, o Brasil é visto como um fornecedor confiável, especialmente devido à produção de frango halal. Produtos brasileiros como alimentos pré-prontos, café torrado e frutas processadas também têm grande potencial no mercado saudita.

Além disso, projeções do Gulf Research Center indicam que o comércio bilateral entre Brasil e Arábia Saudita pode chegar a US$ 10 bilhões até 2030.

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Investimentos e iniciativas estruturais

A BRF, uma das maiores exportadoras de aves do mundo, está prestes a anunciar a abertura de uma nova fábrica na Arábia Saudita, que produzirá frango localmente pela primeira vez. Além disso, a Embraer firmou uma parceria com o reino para desenvolver sua indústria aeroespacial. Esses movimentos são parte de uma estratégia mais ampla para atrair investimentos sauditas e promover o crescimento econômico no Brasil.

Em conjunto a isso, a mineração é um setor de particular interesse para a Arábia Saudita, que afirma ter mais de US$ 1,3 bilhão em metais dentro de suas fronteiras. A Manara Minerals Investment adquiriu recentemente uma participação de 10% na unidade de metais básicos da Vale, no valor de cerca de US$ 2,5 bilhões. Esse é um indicativo do crescente interesse saudita em expandir suas operações no setor de metais.

Visão 2030 e BRICS

A Visão 2030 da Arábia Saudita, que inclui novos projetos econômicos e de infraestrutura, representa uma oportunidade para o crescimento das relações comerciais com o Brasil. A possível entrada da Arábia Saudita nos BRICS também pode fortalecer ainda mais essa parceria, abrangendo setores que atualmente têm participação modesta na economia bilateral.

Apesar das boas perspectivas, é importante notar as complexidades das relações com o Oriente Médio. Questões políticas internas e geopolíticas, atreladas aos modelos de governo de cada país (democracia liberal e monarquia, respectivamente) e às posturas em diversas áreas sociais, exigem muita diplomacia e compreensão das especificidades locais.

Histórico de relações comerciais

O relacionamento comercial entre Brasil e Arábia Saudita começou com a exportação de frango na década de 1970. Hoje, os laços comerciais se expandiram, com o comércio bilateral atingindo cerca de US$ 7 bilhões em 2023. O Gulf Research Center prevê que esse valor aumentará para US$ 10 bilhões até 2030, à medida que a relação se aprofunda e novas oportunidades de mercado são exploradas.

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