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Nota da Fitch para Brasil permanece com perspectiva estável

Agência destaca estabilidade, mas cobra reformas fiscais

Fitch nota de crédito Brasil
(Foto: Divulgação/Fitch).

Nesta quinta-feira, a Fitch Ratings anunciou que manteve a nota de crédito do Brasil em BB. Esta classificação, que se situa duas posições abaixo do grau de investimento, vem acompanhada de uma perspectiva estável, indicando que a agência não antecipa mudanças a curto prazo.

Desde a última elevação da nota do Brasil de BB- para BB em julho do ano anterior, a Fitch tem mantido consistentemente esta avaliação. Assim, a decisão de agora reforça essa estabilidade.

Importantes pontos positivos foram destacados pela agência, tais como a diversificação da economia brasileira, sua alta renda per capita, e a robustez das finanças externas, que conferem ao país uma forte resiliência contra choques externos. Além disso, a agência ressaltou a vantagem da baixa proporção da dívida em moeda estrangeira.

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De fato, o crescimento econômico limitado, a rigidez orçamentária e a elevada dívida pública são vistos como barreiras para uma melhoria na classificação.

Ademais, a agência sublinha a importância de prosseguir com reformas nas despesas obrigatórias para diminuir o déficit público.

Projeções para o déficit primário

Para o ano de 2024, a Fitch prevê um déficit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Por outro lado, em maio, o Ministério do Planejamento estimou um déficit bem menor, de R$ 14,5 bilhões, ou 0,1% do PIB. Esta estimativa ainda se mantém dentro da margem de tolerância permitida pelo governo.

Além disso, a agência alerta que, na ausência de receitas extraordinárias em 2024, as perspectivas fiscais para os anos subsequentes tornam-se menos otimistas. Portanto, o governo precisará fazer um esforço considerável para comprimir as despesas discricionárias e assim respeitar o teto de gastos estipulado, especialmente diante do crescimento de algumas despesas obrigatórias indexadas.

 

Entendendo as classificações da Fitch

A Fitch Ratings atribui classificações de risco de crédito a entidades governamentais e privadas em todo o mundo. Essas avaliações são essenciais para os investidores, pois indicam o risco associado a diferentes investimentos em títulos públicos e privados.

As notas começam no nível especulativo, com a nota D indicando um alto risco de inadimplência. Conforme o risco diminui, as notas melhoram progressivamente, chegando até as categorias de investimento, que começam em BBB- e alcançam o pico em AAA, representando a mais alta qualidade de investimento.

Atualmente, além da Fitch, outras agências como a S&P Global e a Moody’s classificam o Brasil de forma similar. Esta consistência reflete um consenso entre os avaliadores sobre os desafios que o Brasil ainda enfrenta, mas também sobre a resiliência que o país demonstra.

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