A Klabin (KLBN11) revelou recentemente um investimento bilionário para modernizar sua unidade de Monte Alegre, em Telêmaco Borba, Paraná. Com um aporte de R$ 1,66 bilhão, a empresa planeja instalar uma nova caldeira de recuperação, conforme comunicado divulgado na quarta-feira (26). Este investimento já estava previsto nas estimativas divulgadas em dezembro de 2023.
Em uma reunião realizada no mesmo dia do comunicado, o Conselho de Administração da Klabin aprovou por unanimidade o projeto de modernização da unidade de Monte Alegre. A sessão contou com a presença de todos os membros do conselho, incluindo Horácio Lafer Piva, presidente, e Mariangela Daniele Maruishi Bartz, secretária. O projeto envolve a substituição da atual caldeira de recuperação por uma nova com tecnologia de ponta.
O valor de R$ 1,66 bilhão será desembolsado entre 2024 e 2027, incluindo R$ 180 milhões em impostos recuperáveis. A cotação utilizada para o investimento foi de R$ 5,82 por euro, com 25% do capex exposto à variação cambial. A Klabin garantiu que este investimento não afetará materialmente sua alavancagem financeira.
Benefícios e impactos do investimento da Klabin
A modernização da unidade de Monte Alegre, a maior produtora de papel-cartão do Brasil, pode trazer diversos benefícios, incluindo maior eficiência, competitividade e sustentabilidade. A nova caldeira de recuperação, com capacidade de 1.950 tss/d, permitirá a recuperação de químicos usados no cozimento da madeira e a produção de vapor a partir do licor negro, melhorando a performance ambiental da planta.
A expectativa é que a nova caldeira comece a operar no quarto trimestre de 2026. Durante o pico das obras, o projeto deverá gerar até 1,8 mil postos de trabalho, contribuindo significativamente para a economia local.
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Expectativas do mercado
Recentemente, o Bank of America (BofA) elevou a recomendação para as ações da Klabin (KLBN11) de neutro para compra, ajustando o preço-alvo de R$ 24 para R$ 28. Este ajuste foi motivado por fatores como a melhora nos preços da celulose na América do Sul, recuperação dos valores do kraftliner e a desvalorização do real frente ao dólar, com um preço médio estimado para 2024 de R$ 5.